segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Prisão de Dirceu repercutindo no mundo: Portugal - Jornal de Notícias

Ex-ministro brasileiro José Dirceu detido


A Polícia Federal brasileira deteve, esta segunda-feira, o ex-ministro José Dirceu por alegado envolvimento nas irregularidades da Petrobras.

Dirceu foi condenado a 10 anos e onze meses de prisão devido ao "mensalão"

Em 2005, Dirceu foi condenado a 10 anos e onze meses de prisão devido ao escândalo do "mensalão" (pagamento a parlamentares para votarem em projetos de lei do Governo) no primeiro mandato de Lula da Silva, e agora, segundo a polícia, foi detido por suspeita de ter tirado benefício dos desvios de dinheiro na empresa petrolífera estatal brasileira.

O ex-ministro, que ocupou o cargo de ministro da Presidência entre 2003 e 2005 e era um dos homens mais influentes do governo de Lula, foi detido na sua residência, em Brasília, na qual cumpre há seis meses a pena em regime de prisão domiciliária, depois de ter estado um ano e meio preso efetivamente.

A detenção foi efetuada no âmbito das investigações da Polícia Federal (PF) intitulada "operação Lava Jato".

Dirceu, de 69 anos, foi até há poucos anos um dos mais importantes líderes do Partido dos Trabalhadores (PT), ao qual pertence a Presidente Dilma Rousseff, e durante décadas foi o braço direito de Lula da Silva, a quem ajudou a chegar ao poder em 2003.

Através do seu cargo de ministro, controlou todas as esferas de poder durante anos, até ter de renunciar ao cargo devido ao escândalo do "mensalão", que acabou por levá-lo à prisão.

A polícia ainda não clarificou as suspeitas que recaem sobre Dirceu no caso Petrobras, que já atingiu dezenas de importantes empresários e meia centena de políticos, na sua grande maioria da base aliada do Governo de Dilma Rousseff. Mas, segundo os meios de comunicação brasileiros, Dirceu recebeu dinheiro da vasta de rede de corrupção relacionada com a Petrobras.

De acordo com o sítio de notícias G1, além de Dirceu, a PF deteve também o irmão dele Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, durante a 17ª fase da operação Lava Jato, intitulada "Pixuleco" (termo para designar suborno).

O mandado contra Dirceu é de prisão preventiva, por tempo indeterminado. Já Luiz Eduardo de Oliveira e Silva foi detido em Ribeirão Preto (interior de São Paulo) e cumprirá prisão temporária, que tem a duração de cinco dias.

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