sexta-feira, 31 de julho de 2015

PT e PSDB - Amigos para Siempre


PT e PSDB - Dois partidos que fazem o jogo do "Entre tapas e Beijos", na verdade são "Amigos para Siempre". 


Em 1993, Lula, pelo Foro de São Paulo, e FHC, pelo Diálogo Interamericano, se reuniram em Princeton, onde FHC lecionava, e sob a coordenação do Secretário de Estado de Clinton, Warren Christopher, assinaram o Pacto de Princeton. Nas palavras de Heitor de Paola: PT e PSDB são serpentes gêmeas nascidas do ovo USP bastante fecundadas pela Unicamp. Votar num ou n'outro é exatamente a mesma coisa.

The Wall Street Journal: "Erramos quanto ao Brasil" admitem os gerentes de fundos de investimento; O real cai 27% neste ano


"Erramos quanto ao Brasil" admitem os gerentes de fundos de investimento; O real cai 27% neste ano

Não é muito divertido ser um investidor de mercados emergentes no momento. 

O colapso dos preços das commodities e um aumento iminente das taxas de juros dos EUA têm causado estragos em muitas moedas e títulos de mercados emergentes. 

Em nenhum lugar isso é sentido mais intensamente do que no Brasil, onde o banco central aumentou as taxas de juros na quarta-feira para domar altos níveis de inflação. 

A Standard & Poors Ratings Services rebaixou as perspectivas do Brasil para "negativo" de "estável" na terça-feira para refletir contínua dificuldade do país em colocar suas finanças em ordem. A S & P classifica atualmente o país a apenas um degrau acima do grau de investimento. 

A moeda do Brasil, o real, despencou 27% frente ao dólar este ano, até agora, atingindo 3,3733 reais por dólar no final das negociações de quinta-feira em Nova York. 

Alguns investidores estão partindo em retirada, enquanto outros estão encarando a má situação com bom humor.

"Erramos quanto ao Brasil. Nós pensamos que as autoridades iriam fazer o suficiente para evitar um rebaixamento ", disse Richard House, diretor de mercados emergentes da Standard Life Investments. Ele começou a comprar títulos do governo dos EUA cotados em dólares no início deste ano, apenas para vendê-los na semana passada. Mr. House agora pensa que é só uma questão de tempo até que o Brasil seja rebaixado a um grau de sub-investimento. 

"Tivemos muita confiança em que eles fariam a coisa certa do ponto de vista fiscal. Eles não fizeram. Eles acabaram de perder credibilidade aos olhos dos investidores ", disse o Sr. House, cuja empresa supervisiona £ 246.000.000.000 (384 bilhões de dólares) em ativos. 

Viktor Szabo, um gerente sênior de investimentos da Aberdeen Asset Management, disse que o Brasil tem sido "muito doloroso" para os investidores encararem. Ele avalia que há uma boa chance do Brasil ser rebaixado para junk no próximo ano. 

"Há tanto barulho político, que está contribuindo para a dificuldade do ajuste fiscal", disse Szabo, cuja empresa supervisiona £ 307 bilhões em ativos. "O ajuste do Brasil é extremamente doloroso." 

Mesmo assim, ele ainda possui títulos do governo em moeda local. O rendimento dos títulos da dívida de 10 anos em reais é de 13,2%, de acordo com dados da Thomson Reuters, em comparação com 12,3% em 21 de julho. O rendimento dos bônus crescem enquanto os preços caem.

"Nós não estaríamos vendendo a estes níveis. Eu começo a ver valor ", disse Szabo, destacando comentários do banco central que o último aumento da taxa de juros seria o último do ciclo atual. 

Paul McNamara, gerente de portfólio da GAM Holding, disse que o Brasil tem sido o principal assunto na mesa de negociações. Ele está mantendo a exposição do Brasil em linha com a ponderação do índice. 

"A economia está desacelerando acentuadamente, e um monte de coisas estão indo na direção errada. Mas, com a queda na demanda doméstica diminuindo radicalmente as importações, pensamos que os dados de balanço serão corrigidos, por isso vale a pena manter alguma exposição no Brasil ", disse McNamara, cuja empresa administra 130 bilhões de dólares em ativos. 

Alguns gerentes de fundos acreditam que a onda de vendas produziu uma oportunidade de compra. Gareth Isaac, um gestor de fundos da Schroders PLC, disse que gosta de aplicar no Brasil dado os níveis de rendimento dos títulos em moeda local. "Está parecendo mais interessante", disse ele. 

A economia brasileira "em boa forma? Não. Você está lucrando com 13,5%? Sim", disse o Sr. Isaac, cuja empresa supervisiona 474 bilhões de dólares em ativos.

O Banco Central do Brasil elevou a taxa básica de juros na quarta-feira para 14,25%, passando de 13,75%, mas indicou que será o último aumento do ciclo de aperto de dois anos.

Financial Times: Donas de casa brasileiras sofrem para pagar as contas

Pesquisa mostra que o Brasil é o mais atingido entre os países da região enquanto o desemprego e os custos de financiamento sobem.

Dona de casa escolhe lavadora em loja no Rio

Os brasileiros estão achando muito mais difícil gerir as dívidas domésticas no segundo trimestre do ano, de acordo com uma pesquisa recente realizada pela FT Confidencial Research, serviço de pesquisa do Financial Times para os investidores. De 1.500 entrevistados, 811 disseram que achou "difícil" ou "muito difícil" pagar suas dívidas, frente a 755 há três meses e de 687 no mesmo período do ano passado.

Os dados sugerem que as vendas no varejo brasileiro, já em queda, são suscetíveis a enfraquecer ainda mais nos próximos meses.

As vendas no varejo permaneceram relativamente dinâmica até os últimos meses, apesar de uma desaceleração gradual da taxa de crescimento econômico anual desde 2010. Mas, com o aumento do desemprego, o aumento nas taxas de juro  e o aumento do custo para financiamentos, o consumo está enfraquecendo. Está prevista para a economia do Brasil uma contração de 1,7 por cento em 2015, depois de registrar crescimento zero no ano passado.

As vendas no varejo diminuíram a taxas anuais de 3,2% em abril, e 4,5% em maio, após alta de 2,3% em 2014 e 4,3% um ano antes.

Os números da FT Confidential mostram que os mutuários em outros lugares na América Latina estão enfrentando dificuldades em pagar as dívidas, mas em nenhum país na mesma extensão do Brasil. De fato, na Argentina e no México os mutuários relatando dificuldades tem caído, bem como a porcentagem total deste ano em relação ao ano anterior. Na Colômbia e no Peru, cujas economias ainda estão se expandindo a uma taxa de cerca de 3 por cento ao ano, apenas 32,1% e 28,8% dos mutuários, respectivamente, relataram dificuldade em pagar as dívidas.


No Brasil, os empréstimos com inadimplência aumentaram apenas marginalmente até agora neste ano, subindo com a percentagem de empréstimos globais de consumo de 3,67 por cento no final de dezembro, para 3,85 por cento em 29 de maio, de acordo com dados do banco central. No entanto, outra pesquisa de campo também sugere que as finanças domésticas estão sob crescente pressão. Uma pesquisa publicada em julho pela Câmara Nacional do Comércio (CNC) e com base em 18.000 respostas mostrou que as famílias dedicam 31,2 por cento de sua renda para honrar dívidas em julho, o maior resultado de julho por cinco anos e o maior número global desde Março 2012.

Na mesma pesquisa FT Confidential do segundo trimestre, mais da metade dos domicílios brasileiros disseram que estavam em situação pior do que no mesmo período de 2014. O índice de força financeira do agregado familiar resultou em 29,2 , índice calculado com base em respostas a esta pesquisa, que se encontra no menor nível desde que o instituto FT Confidencial começou sus pesquisa sobre o Brasil há mais de três anos atrás. Compras declaradas de carros, bens e produtos da linha branca também permaneceram em seus níveis mais baixos desde que o levantamento começou.


Blomberg: O golpe na corrupção do Brasil não é só para inglês ver.

Para quem pensa que o grande caso de corrupção que envolve o Brasil vai acabar em apenas a uma piscada de olho e um aceno de cabeça, pense de novo.

Pizza? Não desta vez.

Na terça-feira, a Polícia Federal brasileira deteve Othon Luiz Pinheiro da Silva, o ex-chefe da estatal brasileira de energia nuclear, apontado por aceitar subornos em para direcionar contratos para uma usina de energia nuclear. A prisão deu início a uma nova fase da operação que investiga subornos e corrupção que já resultou na prisão de dezenas de executivos do petróleo e funcionários públicos, mancando a presidente Dilma Rousseff e, por consequência, causando a fúria e prendendo a atenção desta nação de 200 milhões tanto quanto a novela do horário nobre.

Apelidada Operação Radioatividade - os investigadores policiais parecem ter bom humor - a operação explosiva sobre a Eletronuclear abre um novo flanco para a chamada operação Lava Jato. O que começou como repressão ao aparelhamento político que tomou a empresa estatal de petróleo, a Petrobras, para arrecadar fundos de campanha, agora ameaça se espalhar por todo o setor público. Como o procurador federal Athayde Ribeiro Costa disse aos repórteres: "A corrupção no Brasil é endêmica e tende a metástase." 

À parte da maioria absoluta deste caso - que envolve as maiores empreiteiras do país, cerca de 40 funcionários públicos, incluindo os mais poderosos do partido no poder e pelo menos US$ 23 bilhões em contratos de obras públicas - a operação Lava Jato é notável por uma outra razão. Ela está mudando o conceito que os brasileiros tem desde sempre que o funcionalismo público é para benefício pessoal e o colarinho branco é o bilhete de entrada para a impunidade.

Apenas 322 dos 607 mil presos do Brasil cumpriram pena por corrupção no ano passado, e em 23 estados brasileiros com registros judiciais confiáveis, nenhum dos 160 mil traficantes de drogas condenados estava atrás das grades por lavagem de dinheiro, segundo o repórter brasileiro José Casado. 

O Brasil processou apenas um caso de suborno internacional desde 2000, quando o país assinou um tratado anti-suborno internacional. 

Tais números alimentam o velho ditado brasileiro que mesmo os piores casos de corrupção "acabam em pizza," uma referência a um clube de futebol de São Paulo, cuja diretoria e seus rivais acertaram suas contas com os punhos ao invés de argumentos, mas tudo terminou em torno de uma mesa em uma pizzaria, o que serve de metáfora desde então para a gestão de escândalos no Brasil. 

A receita pode estar mudando. Um verdadeiro "clube VIP" de construtoras está respondendo a acusações de manipulação de contratos e desvio para subornos em contas suíças em nome de doleiros e laranjas, para dirigentes dos partidos políticos do Brasil.

Considere Marcelo Odebrecht, presidente-executivo da maior construtora da América Latina: os brasileiros dificilmente podem dirigir para o trabalho, embarcar em um avião ou ligar um interruptor de luz sem fazer uso de uma das obra da Organização Norberto Odebrecht. E ainda esta semana, o juiz federal Sergio Moro aceitou acusações de corrupção e lavagem de dinheiro contra o magnata de 46 anos e também de um punhado de outros caciques de construtoras.

Conduzindo a operação Lava Jato, um grupo de jovens investigadores, auditores e da Polícia Federal - menção honrosa para os memmbros ferozmente independentes do Ministério Público, ou promotoria - que são profissionais bem-pagos, experientes nos truques do crime organizado e orgulhosos (ou arrogantes) o suficiente para desafiar os poderosos bem como os esnobes políticos. 

"Estas são as mentes mais brilhantes do Brasil, e eles têm um sentido feroz de fazer justiça", disse o cientista político Carlos Pereira, da Fundação Getúlio Vargas.

Claro, isso não é garantia de que a justiça prevalecerá nos tribunais engarrafados do Brasil, onde os advogados inteligentes, pagos pelo movimento, podem encontrar muitas brechas no código penal para manter seus clientes em uma esteira de recursos, muitas vezes, até que os crimes prescrevam. Não admira que os fóruns brasileiros concentram um atraso de quase 70 milhões de ações, de acordo com o Conselho Nacional de Justiça. 

A equipe da Lava Jato parece determinada a romper o impasse. Os promotores tornaram 23 réus em testemunhas com delações premiadas, quebrando o pacto de silêncio costumeiro entre ladrões. (Na quinta-feira, Beatriz Catta Preta, uma advogado que representa várias dessas testemunhas-chave das delações, disse à TV Globo que decidiu encerrar o caso e encerrar sua carreira depois de receber ameaças anônimas.) O resultado até agora: 119 indiciamentos por corrupção e 30 condenações. 

Mais pode vir. O juiz federal Sergio Moro nomeou 13 novos réus na Lava Jato nesta semana, e espera-se que o procurador-geral Rodrigo Janot indicie a qualquer momento os primeiros deputados no caso e, talvez, solicite a prisão de alguns deles.

E se os juízes vacilarem, não apostaria no patenteado gesto brasileiro de dar de ombros. O próximo protesto nacional está previsto para 16 de agosto.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Vamos fechar as ruas em 16 de agosto

Fernando Haddad ataca novamente, junto com seu comparsa, digo, companheiro, Jilmar Tatto. A CET estuda fechar as pistas expressas das marginais Tietê e Pinheiros durante a madrugada.  O bloqueio seria realizado entre 0h e 5h. De acordo com a Secretaria Municipal de Transportes, a medida tem como objetivo aumentar a segurança dos motoristas e deverá ser implantada até o fim deste ano.

Carro é coisa de pobre. Chique é andar de bike usando collant.

Jilmar Tatto afirma que durante a madrugada, as vias expressas das marginais "não tem demanda, ajuda na segurança porque é o momento em que os motoristas usam para correr muito, causa muitos acidentes, caminhões principalmente". 

Pela lógica de Tatto, os motoristas que corriam na pista expressa vão parar de correr na pista local. Agora imaginem como será atravessar as marginais antes das 05h, com a velocidade máxima de 50 km/h e pista livre.

O PT quer que todos andem de ônibus ou bicicleta, esta é a realidade. Hoje em dia, ter carro é coisa de pobre. Chique é andar de bike usando collant.

Sugiro ao petista que se prepare pois dia 16 de agosto o povo fechará as ruas para democraticamente apoiar a retirada desta corja do poder.




Precisamos zelar pela democracia.

Concordo com Geraldo Alckmin, que afirmou hoje pela manhã na Rádio Jovem Pan que "Precisamos zelar pela democracia". Realmente, precisamos, mais do que nunca, zelar pela democracia. A democracia, é um regime político em que todos os cidadãos elegíveis participam igualmente — diretamente ou através de representantes eleitos — na proposta, no desenvolvimento e na criação de leis, exercendo o poder da governação através do sufrágio universal.

O capacho de Dilma

O problema é que Alckmin afasta a hipótese de impeachment de Dilma usando como argumento o zelo pela democracia. Eu que estou do lado de 63% da população brasileira, por outro lado, justifico a tese do Impeachment de Dilma pelo argumento do zelo pela democracia. Dilma foi votada pela maioria da população elegível, mas a situação está insustentável e a grande parcela da população que votou em Dilma está arrependida.

Para mim e para a grande maioria da população, Dilma peca por incapacidade de gerir o país. Ela não tem mais governabilidade, e os escândalos da Petrobras e agora das estatais do setor elétrico evidenciam que justamente a área mais mal administrada nos últimos 13 anos de PT no governo estavam diretamente sob responsabilidade de Dilma. A pasta de Minas e Energia foi administrada por Dilma no governo de Lula e lá o PT fez a festa como podemos ver na lava jato. Lugar de ladrão não é no Palácio do Planalto e se o povo foi enganado, ludibriado e ridicularizado por um partido e projeto criminoso de poder, a constituição prevê o impeachment. Estamos afundando em uma crise econômica, institucional e moral sem precedentes e quem está sendo prejudicado é o povo, que sangra. 

O PSDB consegue ser mais incompetente que Dilma, pois não foi capaz de capitalizar os 48% de votos da última eleição, e se tornar a verdadeira oposição que o povo precisa, que não tolera corrupção. Alckmin, se candidato em 2018, não terá mais de 37% de votos pois é conivente com a corrupção em nome do zelo pela democracia, quando deveria se opor. O PSDB é o que há de pior na política brasileira, um partido que se diz de oposição mas que demonstra sempre gostar de ser capacho do PT. Se depender da vontade do povo, Dilma será pisada no próximo dia 16/08. Se Alckmin quer ser capacho de Dilma, receberá a solada junto.


Jacques Wagner, Ás no planalto.

Jacques Wagner, sem dúvida, é um às no planalto. Como vemos na foto abaixo, Dilma escolheu a dedo seu ministro da defesa, especialista no assunto:

O às no planalto, abatendo dois urubus de uma vez

Acho que errei a foto, era para ser essa abaixo:

Agora sim, um às no cockpit do protótipo do Gripen NG

Sempre aéreo, o às comemora. Ontem foi fechado o acordo com o banco sueco SEK para a compra das aeronaves militares de nova geração que serão integradas à aeronáutica. Na verdade o processo da compra dos caças começou em 2001, ainda no governo FHC, quando teve início a concorrência. Como o Estado é moroso, somente em dezembro de 2013 a presidente Dilma anunciou que o caça sueco foi o escolhido e os termos do contrato começaram a ser finalizados.

No meio da crise que abala o governo, o Ministério Público Federal  investiga o aumento de US$ 900 milhões do preço original, oriundo de alterações de contrato, principalmente alterações de especificações depois da escolha do fornecedor, que costumam abrigar valores de corrupção. Isso já ocorreu em diversas licitações. O MPF questiona o motivo destas especificações não constarem nos requisitos originais. O trabalho é árduo e os procuradores terão de se debruçar sobre 30.000 páginas de estudos técnicos. Pelo menos só vai precisar se concentrar nas alterações do contrato.

Sinto cheiro de escândalo no ar...

Ademar Palocci, se ficar o bicho pega, se correr o bicho come...

Quem ri por último, ri melhor...

O Diretor de Planejamento e Engenharia da Eletronorte e irmão do enroladíssimo Antonio Palocci, Ademar Palocci, sabe que o bicho vai pegar. Diego  Escosteguy, da Época afirma: “Adhemar Palocci, o irmão de Antonio Palocci, esteve ontem no Palácio do Planalto. Ninguém explica com quem foi conversar”. Ele é responsável por Belo Monte e sabe que as delações citarão o enrosco petista no setor, chefiado e controlado pela Sra. Dilma Vana, ex-ministra das minas e energia. 



São tantas falcatruas que o Eletrolão só chegou em 1% da lama que está esse setor, completamente detido nas mãos do PT nas diretorias das maiores do setor. O chefão é Valter Cardeal, diretor de Engenharia da Eletrobras seguido por Ademar Palocci (da Eletronorte), Ronaldo Custodio (da Eletrosul), José Ailton (da Chesf) e Flávio Martins (de Furnas), que formam o quinteto que até agora era visto pelo PT como fantástico. Os diretores de Engenharia petistas mandam mais que os presidentes destas estatais, definindo políticas, parcerias e principalmente contratos e licitações.


quarta-feira, 29 de julho de 2015

Financial Times: Ameaça de rebaixamento do Brasil é um sinal de perigo real

Financial Times: Ameaça de rebaixamento do Brasil é um sinal de perigo real


Mercados dão de ombros para a notícia, mas os investidores não devem levar isto a sério.


Quando a Standard & Poor's disse nesta terça-feira que estava considerando downgrade do rating de crédito do Brasil em um nível para a categoria junk ou especulativo, os mercados pareciam não ligar para a notícia.


Inicialmente, depois de alcançar o valor mais baixo em 12 anos, a moeda do Brasil, o real, terminou a sua cotação praticamente estável em R$ 3,36 em relação ao dólar, enquanto o índice de ações de Ibovespa continuou crescendo como no início do dia, subindo 1,78% para 49,601.60 pontos. Os investidores não devem levar a sério, no entanto, a aparente indiferença dos mercados à notícia calamitosa que a duramente conquistada classificação de grau de investimento da maior economia da América Latina estava em perigo, dizem os analistas.



A resiliência dos mercados deveu-se mais aos especuladores e corretores fazendo carry trade, se aproveitando da moeda depreciada, eles dizem. A mensagem de longo prazo da decisão da S & P para revisão negativa sobre o rating BBB- é clara, a não ser que o Brasil faça algo radical, logo vai se juntar às fileiras dos outros países soberanos com classificação de junk, como a Rússia, a Turquia e a Indonésia. 

"Estamos caminhando para grau de não-investimento, esta é a minha opinião", diz Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú Unibanco.

Para o cauteloso ministro da Fazenda do Brasil, formado na Universidade de Chicago, Joaquim Levy, este é exatamente o tipo de resultado que ele procurava evitar. 

Ele foi escolhido a dedo final do ano passado a partir de sua posição como chefe de gestor de fundos do setor privado, o Bradesco Asset Management, por Dilma Rousseff para sanear as finanças públicas do Brasil. As finanças do país estavam uma confusão após a presidente de esquerda tentar em seu primeiro mandato entre 2011 e 2014, compensar o fim do super-ciclo das commodities e o boom do crédito interno ao lançar um estímulo fiscal prolongado. 

O ministro Levy inicialmente prometeu um superávit fiscal primário - o saldo orçamental após o pagamento de juros, considerado um indicador-chave da saúde das finanças públicas no Brasil - de 1,2 por cento este ano e de 2 por cento em 2016 e 2017. A ideia era ganhar de volta a confiança dos investidores através da disciplina fiscal. 

O que ele não contava, no entanto, era que o aprofundamento da recessão no Brasil neste ano devastaria as receitas do governo. Muitos analistas estão agora prevendo que o crescimento do produto interno bruto este ano será negativo em 2 por cento ou mais. Para complicar ainda mais o quadro, a uma crise política crescente decorrente do escândalo de corrupção que se alastrou na companhia petrolífera estatal Petrobras dividiu o governo e ameaça parar o programa de austeridade fiscal.

"Nós vemos que atualmente existem sinais de diminuição da coesão política no Congresso que do nosso ponto de vista pode levar a possíveis resultados políticos ineficazes nos próximos meses", diz Lisa Schineller, analista soberana da S & P. 

Para os mercados, isto tem significado um constante enfraquecimento do real este ano, juntamente com aumento das taxas de juro de referência e um mercado de ações instável. 

Depois dos brasileiros terem retornado do carnaval em fevereiro, a Bovespa começou uma corrida de longo prazo na esperança de que os esforços de Levy dariam frutos. Mas após um pico em Maio, a extensão da desaceleração econômica no Brasil começou a tornar-se evidente, levando a um declínio feroz no índice, afirmam analistas. 

O ceticismo do mercado sobre a capacidade do governo de cumprir suas metas orçamentárias foi confirmado quando o ministro Levy, na semana passada anunciou que estava reduzindo sua previsão para o superávit primário em 2015 para 0,15 por cento, também reduzindo-o fortemente para os próximos anos. 

"A revisão da semana passada para as metas fiscais feitas por Levy foram maiores do que o esperado por isso, não estamos surpresos pela avaliação da S & P," diz Dan Senecal, diretor-gerente da Newfleet Asset Management, que tem US$ 12,4 bilhões em ativos sob gestão. 

Ele diz que não vê  a perda de grau de investimento como "uma conclusão precipitada". Mas (acredita que) "a probabilidade (da revisão para baixo) está crescendo e nós esperamos contínua pressão descendente da classificação de todas as principais agências de classificação, entre o final do ano de 2015 e primeiro trimestre em 2016".

Os analistas estão agora à espera da resposta de seus pares da S & P, Moody e Fitch. A classificação de Moody para o Brasil é Baa2, dois níveis acima de especulativo - junk, e Fitch tem o país em uma classificação BBB, equivalente. Fitch reduziu sua previsão de "estável" para "negativo" este ano e os economistas esperam que uma delas ou ambas em breve rebaixarão o Brasil um ponto para um degrau acima do status especulativo - junk, mantendo uma perspectiva negativa. Uma pesquisa recente da Reuters com 28 players do mercado na última terça-feira mostrou que a maioria acreditava que pelo menos uma agência de rating rebaixaria o Brasil para grau especulativo até o final do próximo ano.

A perda de grau de investimento forçaria a saída de ativos brasileiros por parte de um grande número de gestores de fundos de longo prazo que não são capazes de investir em títulos com classificação especulativa, diz Marcos Casarin de Oxford Economics, em Londres. 

Sob este cenário, a moeda do país enfraqueceria rapidamente em relação ao dólar, talvez indo em direção à marca de R$ 4,00. No lado positivo, o sentimento de crise criado por este cenário surpreenderia os políticos forçando-os finalmente a agir para conter o défice orçamental e a considerar as reformas econômicas para restabelecer o crescimento.

"Este ano foi um ano de choque de realidade para o Brasil, mas eu ainda acho que 2016 será pior. Se o ajuste não vir este ano, ele virá no próximo ano ", diz ele. No entanto, ainda há um homem que está entre o Brasil e um possível rebaixamento: Joaquim Levy. Na terça-feira ele aparentava estar como sempre centrado e calmo, recusando-se a encarar o desafio pelo lado modo negativo, apesar da situação parecer cada vez mais desesperada para muitos dos seus antigos colegas dos mercados.


"O governo brasileiro reafirma seu compromisso de consolidação fiscal", disse uma nota do ministério da Fazenda.


Dilma, faça PRONATEC

"Não vamos colocar meta. Vamos deixar a meta aberta mas, quando atingirmos a meta, vamos dobrar a meta." A frase foi dita pela presidente Dilma Rousseff ao anunciar 15 mil vagas no Pronatec Aprendiz nesta terça-feira (28). O projeto é uma das principais bandeiras do governo da "Pátria Educadora"

Confiram o vídeo:


Entendeu? Não? Deixa que eu explico: o governo estuda não mais estipular metas, pois não tem capacidade para alcançar as metas estipuladas. Então agora Dilma tem uma nova tática: não estipular metas, quando chegar o fim do ciclo de medição ela anunciará com pompa que o governo atingiu o dobro da suposta meta inicial. Desta maneira ela pretende dobrar sua aprovação...

Dilma segue a lógica do "faça o que eu falo mas não faça o que eu faço". Quem precisa de PRONATEC é a própria Dilma que não tem qualificação nem para gerir "lojinha de 1 real", quanto mais ser a chefe do executivo brasileiro.

sábado, 25 de julho de 2015

Washington Post: O escândalo do petróleo está agitando a democracia do Brasil no seu núcleo

Washington Post: O escândalo do petróleo está agitando a democracia do Brasil no seu núcleo




RIO DE JANEIRO - Há momentos na jovem democracia do Brasil - sua constituição data de 1988 - em que o país parece estar escrevendo sua história sem perceber sua consequência final. 

Esta é uma delas. 

O que começou em 2014 como uma investigação policial chamada "Operação Lava Jato" entrou em uma espiral e se transformou em um drama terrivelmente denso, em que alguns dos principais políticos e maiores empresas do Brasil são atores principais sob holofotes tenebrosos. 

Desde o ano passado, um número crescente de acusações e contra-acusações cercam a gigante estatal de petróleo Petrobras e alguns de seus principais ex-executivos - envolvendo refinarias de petróleo, contratos de equipamentos, partidos políticos, agentes sombrios e intermediários, empresas de construção e cartéis. Sem mencionar bilhões de dólares em pagamentos de propina. 

Quanto mais o escândalo alcança os níveis mais altos na hierarquia política, mais complexo ele se torna e também mais explosivas são as reações que provoca.

Em depoimento em vídeo divulgado na semana passada, uma testemunha chave que intermediou lucrativos contratos da Petrobras para fornecedores e concordou com a delação premiada, disse que o combativo presidente da Câmara exigiu e recebeu US $ 5 milhões de propinas em atraso. Eduardo Cunha, a testemunha afirmou, recebeu outros US$ 5 milhões para o seu Partido do Movimento Democrático Brasileiro, conhecido pela sigla português, PMDB. 

Cunha negou as acusações, dizendo que o inquérito e o seu andamento foram manipulados pelo governo. Na sexta-feira, ele deixou a coalizão de governo, mantendo sua cadeira de presidente. 

Seu partido, que chamou a decisão de se juntar à oposição de uma decisão pessoal, não deixou o governo. O partido está atrelado a uma aliança com o Partido dos Trabalhadores da presidente Dilma Rousseff, aliança essa que já não mais  acredita, dado o seu plano para colocar um candidato na eleição presidencial de 2018. Um discurso televisionado que Cunha fez naquele dia, sem mencionar as acusações, foi recebido em algumas cidades com panelaço e vaias.

Renan Calheiros do PMDB, o presidente do Senado, elogiou Cunha em suas próprias observações no ar enquanto atacava o governo argumentando acerca da economia em queda e política contaminada. "Estamos no escuro, assistindo a um filme de terror sem fim", disse ele. "E precisamos de uma luz para mostrar que o horror vai ter um fim." 

Comentaristas conservadores também têm defendido Cunha, incluindo alguns críticos mais vociferantes do governo. 

Sua decisão de abandonar a coalizão de Dilma aumentou os questionamentos que atualmente reverberam na política brasileira. 

Como o Congresso funcionará se seu presidente se opõe ao governo, mas seu partido continua aliado? Será que Calheiros, que também está sendo investigado, será arrastado para o escândalo? E o que ele vai fazer caso isto ocorra? Pode Rousseff, que até agora se mantem intocável, mas que era ao mesmo tempo presidente do conselho de administração da Petrobras e Ministra de Minas e Energia, sobreviver?

A notícia sobre Cunha estourou ao mesmo tempo em que os procuradores formalizaram uma investigação separada sobre o ex-presidente populista do Partido dos Trabalhadores, Luiz Inácio Lula da Silva, conhecido como Lula, que envolve uma empresa citada no inquérito Petrobras. 

Os investigadores estão se debruçando sobre acusações de tráfico de influência por Lula em nome do conglomerado brasileiro Odebrecht para os contratos na África e nas Américas. Lula e Odebrecht negaram as alegações. 

Na quarta-feira, o site do jornal O Estado de S.Paulo publicou telegramas diplomáticos divulgados pelo WikiLeaks que indicam que diplomatas americanos suspeitavam de irregularidades em obras da Odebrecht na Venezuela, Panamá, Angola e Equador durante a época de Lula no cargo. Um telegrama era sobre uma visita de Lula que ajudou a concluir um negócio da Odebrecht em Angola. 

O CEO da empresa Odebrecht e outros quatro executivos estão presos por seus envolvimentos no escândalo da Petrobras e policiais federais apresentaram provas contra eles. Sobre isto, também, os envolvidos negam as acusações e dizem que ainda não foram acusados ​​formalmente. 

Cada nova revelação aumenta a temperatura no círculo político brasileiro. Com a economia afundando mais e Rousseff, protegida de Lula, com um índice de aprovação de um dígito, o impacto do escândalo poderia inchar manifestações anti-governo planejadas em todo o país no dia 16 de agosto.

É uma situação que evoca ecos assombrados do passado do Brasil. Em 1992, na sequência de um grande escândalo de corrupção e manifestações em massa, o presidente Fernando Collor foi cassado. Em 2005-06, um escândalo de compra de votos de grande alcance ameaçou o governo Lula.

Mas este é um território desconhecido. Os três pilares da democracia no Brasil - o executivo, o legislativo e o judiciário - estão testando cada um a sua força e lutam para prevalecer. Até agora, apenas o judiciário está se saindo bem.

Enquanto os legisladores olham preocupados e Rousseff está enfraquecida Sergio Moro, o juiz de capa e espada principal do inquérito Petrobras que prendeu executivos poderosos e políticos, tem encantado muitos brasileiros que não estão acostumados a ver os poderosos nesta situação. 

Até onde isso vai, ninguém sabe. 

Uma coisa é certa: o "ajuste fiscal" de Dilma, visto como crucial para a recuperação da economia do Brasil, será ainda mais difícil de passar no Congresso, disse Ricardo Ismael, cientista político da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. O congresso reduziu alguns dos cortes planejados e o governo acabou cortando a meta de superávit primário que era difícil de alcançar.

O que também é certo: este é um progresso singular.

Em outros momentos da história turbulenta do Brasil, uma crise política dessa intensidade pode ter terminado em um golpe de Estado, disse Paulo Sotero, diretor do Instituto Brasil do Centro Internacional Woodrow Wilson em Washington DC. Em 1964, os militares implodiram uma crise política e receosos por uma revolução comunista, com o apoio dos EUA, instalaram uma ditadura que durou duas décadas. 

A democracia do Brasil está cambaleando, mas o tremor irá torná-la mais forte.

"É um momento difícil, mas como você pode ver que não é o sistema político que está se desfazendo. Não é. As soluções estão sendo procuradas ", disse Sotero. "Não há expectativa de um colapso político."

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Matéria da Time de hoje...

Esses fatos explicam os 5 escândalos paralisantes do Brasil:




De uma economia robusta para escândalos de corrupção galopante, o 'B' dos BRICS está em apuros.



Há uma série de escândalos que crescem no Brasil, maior país da América Latina e um dos mais importantes mercados emergentes do mundo. A queda pode derrubar uma presidente que foi reeleita a menos de um ano atrás. Aqui estão os 5 fatos que contam a história: 

1. Economia do Brasil 

Escândalos são mais prejudiciais quando uma economia está decaindo. O Brasil tinha uma economia de 2,35 trilhões de dólares em 2014, a sétima maior do mundo. Mas 2015 saiu dos trilhos em um começo cheio de obstáculos; o investimento estrangeiro caiu de 39,3 bilhões dólares nos primeiros cinco meses de 2014 para 25,5 bilhões dólares este ano. O investimento global no país caiu durante sete trimestres consecutivos. 
Pior ainda, a moeda do Brasil, o real, perdeu 20% de seu valor desde janeiro. Isto por si só não é mal -uma moeda menos valorizada resulta em ativos mais baratos e mais atraentes para os investidores estrangeiros. Em vez disso, a economia do Brasil deve encolher 1,5% este ano. 
Escândalos políticos, bem como a incerteza que geram, estão ajudando a assustar os investidores. O mais visível envolve a Petrobras, a companhia estatal de petróleo. À medida que o escândalo tem se desdobrado, ações da Petrobras caíram 60% em relação ao ano passado, e a empresa teve que deixar de contabilizar $ 2 bilhões em custos relacionados com propina, enquanto luta com os baixos preços do petróleo.

2. Investigação da Petrobras

Por que um escândalo de corrupção envolvendo uma empresa está causando esse tsunami? Porque implica os mais altos políticos do país. O escândalo começou em março de 2014, quando o chefe de refino da Petrobras foi pego em uma investigação de lavagem de dinheiro. Em uma tentativa de clemência, ele confessou que as empresas que conquistaram contratos de sua divisão tinham desviado 3% do valor de cada contrato para caixa dois de políticos. A maior parte do dinheiro foi para os membros do Partido dos Trabalhadores que são governo ou seus aliados da coalizão. As estimativas iniciais quantificam os subornos em quase US $ 4 bilhões. Mais de duas dúzias de executivos das maiores empresas de construção do Brasil já foram presos, e mais de 50 políticos estão agora sob investigação.

3. Dilma Rousseff 

Este escândalo poderia chegar ao topo da montanha político, porque a atual presidente brasileira, Dilma Rousseff serviu como ministra das Minas e Energia, bem como presidente da Petrobras durante os anos da suposta corrupção. Ainda não há nenhuma evidência de que Rousseff tinha conhecimento das irregularidades. Mas dado o número de políticos do seu partido, o Partido dos Trabalhadores  envolvidos no escândalo, um número crescente de pessoas dizem que ela é pelo menos culpada por negligência imperdoável. Os opositores políticos estão favoráveis ao impeachment, e a suspeita do povo se reflete em seus índices de aprovação. Em junho de 2012, Dilma teve 59% de aprovação; em março de 2014, na época do escândalo, seus números caíram para 36%. Sua aprovação agora despencou para apenas 15 por cento, de acordo com o pesquisador brasileiro CNT-MDA. Quase 63% dos brasileiros são a favor do impeachment. Em 15 de março, 1 milhão de manifestantes se reuniram para protestar contra Rousseff e a corrupção de seu governo e o pior provavelmente ainda está por vir.

4. Lula 

Por que Lula? Porque seu mentor e patrono político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, será agora investigado por tráfico de influência em nome da gigante empreiteira do Brasil Odebrecht. O CEO da Odebrecht foi preso no mês passado sob a acusação de ter pago a Petrobras cerca de US$ 155 milhões em subornos. Quando Lula deixou o cargo, ele possuía aprovação de 90%, e Dilma Rousseff, escolhida por ele como sua sucessora, chegou montada em sua aprovação na presidência. Rousseff deve se preocupar; se Lula for indiciado, ele pode culpar o governo de Dilma Rousseff, retirando o seu apoio a ela. Se assim for, defensores de Dilma dentro de seu partido podem finalmente dar as costas para ela. Lula não é o único ex-presidente que está sendo investigado por conta da investigação da Petrobras. Fernando Collor de Mello, presidente do Brasil no início de 1990, teve mais de $ 1 milhão em dinheiro e veículos apreendidos na semana passada enquanto os investigadores determinam seu papel em subornos da Petrobras.

5. CARF e outros escândalos 

O escândalo da Petrobras tem dominado as manchetes internacionais, mas não é o único escândalo de corrupção que ameaça o governo. A mais recente ameaça envolve o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), uma divisão do Ministério das Finanças. É alegado que alguns dos seus membros, encarregados de resolver disputas fiscais promovidas por empresas, decidiram a favor de empresas em troca de 1 a 10 % da receita poupada. Ao longo dos últimos 10 anos, acredita-se que o governo tenha perdido receita fiscal  de até US $ 5,8 bilhões. Isso é quase 50 por cento a mais do que os números de suborno associados com o caso da Petrobras. Mas porque este caso envolve burocratas de nível médio, em vez de altos funcionários do governo, recebe muito menos atenção da mídia internacional. Por falar nisso, é bom lembrar que o Brasil sediará os Jogos Olímpicos de 2016. O Brasil tem orçamento de 8 bilhões dólares para os jogos do Rio de Janeiro, mas o prefeito do Rio Eduardo Paes tem se vangloriado publicamente que 57% do financiamento virá de fontes privadas em vez dos bolsos dos contribuintes. Dado o clima político atual do Brasil, esta notícia vai levantar as sobrancelhas e novas questões.

Americano enxerga mal, Inglês enxerga melhor, O Antagonista enxerga perfeitamente

No post Forbes sobre Temer: O Judas do Brasil? vimos que os americanos enxergam mal.

No post Inglês enxerga melhor... vimos que os Ingleses veem melhor...

Mas no post Estamos de acordo por razoes inversas do excelente jornal eletrônico O Antagonista de Diogo Mainardi e Mário Sabino vemos que O Antagonista  enxerga perfeitamente...


Levy sangrando...

Pra quem imaginava no anuncio de Joaquim Levy como Ministro da Fazenda de Dilma que teríamos o fim da nova matriz econômica e um período de economia menos "sonhática" e mais pragmática, menos keynesiana e mais estilo Chicago boys, se enganou. O mercado reagiu bem com o garoto de Chicago, que virou garoto propaganda do segundo mandato de Dilma junto ao mercado. 

Levy, com a tesoura na mão, foi logo dizendo: Eu vou cortar na carne. Logo tomou medidas de modo a alinhar a meta fiscal para que o Brasil se recuperasse a partir do 2° semestre de 2016, cortando gastos e combatendo a inflação. Mas como sempre, Dilma meteu a mão através de Nelson Barbosa, o mesmo que maquiou as contas da presidenta ano passado e parece que quem saiu ferido nessa história foi o próprio Levy. 

Cuidado com o pescoço, Levy.

Na prática, Levy imaginava antes, ao ter anunciado uma meta de superávit de 1,19% do PIB, que a crise seria menor e a arrecadação somada com o corte nos gastos do governo fossem suficientes para garantir a receita positiva. A dura realidade porém mostrou-se pior e foi necessário cortar ainda mais para chegar a um resultado medíocre de 0,15% do PIB. Um auxiliar de Dilma arrematou: "Foi uma solução Keynesiana". Na redução da meta do superavit, os grandes vitoriosos foram os keynesianos ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e Nelson Barbosa, do Planejamento, que foram os tentáculos que manipularam a marionete Guido Mantega no passado governo de Dilma. Sabemos que a obediência aos sonháticos ministros culminou na situação medíocre atual.

Quem sai ferido dessa história é Joaquim Levy, que não terá mais como posar de garoto propaganda para o mercado que já entendeu e sinalizou através da alta repentina do dólar e dos resultados medíocres da bolsa de SP que está abaixo dos 50.000 pontos.

The Economist de hoje: O poder por trás do trono

Mais uma vez trazemos a íntegra traduzida da reportagem que está dando o que falar na mídia brasileira, desta vez trata-se do semanário econômico britânico The Economist que coloca o PMDB como o ator coadjuvante que virou destaque de filme B, mas tem crise de identidade.

O poder por trás do trono

Um partido secundário do governo está comandando o país


Nas três décadas desde a restauração da democracia no Brasil, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), de centro, tem raramente ficado fora do poder. Os dois ex-presidentes que não possuíam ministros do PMDB em seus gabinetes tiveram motivos para se arrepender. Um deles sofreu impeachment com a ajuda do partido. Outro foi humilhado por escândalo de compra de votos no congresso - que muitos reconhecem de maneira precipitada, por sua dependência em pequenos partidos de aluguel. Uma máxima da política brasileira é que "ninguém governa sem o PMDB." 

Governar com ele não é nenhum piquenique, tampouco. O PMDB é uma parte indispensável da coalizão liderada por Dilma Rousseff, que pertence ao Partido dos Trabalhadores, de esquerda (PT). Seu vice-presidente, Michel Temer, é o presidente do PMDB; os presidentes das duas casas do Congresso são membros do PMDB. Eles têm sido aliados rabugentos. Dilma tem sido assolada por uma economia em queda, inflação elevada e um enorme escândalo de corrupção na Petrobras, a companhia brasileira estatal de petróleo. O PMDB tem torturado a presidente pelo enfraquecimento das medidas de austeridade fiscal, que é base de sua política econômica, e juntando-se aos partidos de oposição em um ameaçador impeachment.

Em 17 de julho, Eduardo Cunha, o presidente da câmara do Congresso, anunciou que iria desertar para a oposição (sem sair do PMDB). Esta foi uma resposta furiosa a acusações feitas em tribunal por um lobista, que afirma que em 2011, Cunha havia exigido um suborno US$ 5 milhões em troca de apoio à manutenção de legislação positiva para alguns dos fornecedores da Petrobras. Cunha nega isso. Ele considera que o governo está a incitar os promotores a persegui-lo como uma forma de reduzir a autonomia do Congresso e desviar a atenção do próprio papel do PT no escândalo. O Planalto, palácio presidencial do Brasil, é gerido por um "bando de malucos".

É a pessoa, não o partido, que está abandonando a coalizão, o PMDB declarou rapidamente após sua saída. Ainda assim, a saída do deputado Cunha é uma preocupação para a presidente. Na semana passada, veio a notícia de que a polícia está investigando seu antecessor e mentor político, Luiz Inácio Lula da Silva, por possível tráfico de influência em nome de empreiteiras. Lula nega a acusação. Esse é mais um golpe para o já esfolado PT. Dilma precisa do PMDB mais do que nunca, se ela é sobreviver até o fim de seu mandato em 2018. Cada vez mais, o PMDB está comandando o show.

Se os números fossem o mais relevante, o PMDB seria o partido mais poderoso de longe. Além de ter mais cadeiras no Congresso do que qualquer outro, ele vence seus principais rivais, o PT e a oposição do partido de centro-direita da Social Democracia Brasileira (PSDB), em número de governadores e prefeitos (ver tabela). O PMDB tem 2,4 milhões de membros, mais do que 1,6 milhões do PT.

Na ordem: Senadores, Deputados Federais, Governadores, 
Deputados Estaduais, Prefeitos e Vereadores

Os ditadores militares do Brasil lançaram as bases para este sucesso, diz Natália Maciel, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Os generais forçaram partidos a se fundir em dois grandes blocos, um a favor do regime (denominado ARENA), o outro em oposição ao regime (então chamado de MDB). O MDB, rebatizado o PMDB em 1979, desempenhou um papel crucial em trazer de volta a democracia em 1985. José Sarney, o primeiro presidente da era democrática (eleito indiretamente), foi um líder do PMDB. Com a ajuda da máquina eleitoral que tinha construído com a coalizão, ganhou a maioria das cadeiras no Congresso e só não elegeu um governador na eleição geral, um ano depois.

O regime tinha expulso figuras mais radicais do MDB, deixando um partido dominado pelos moderados. Para manter o seu apelo mais amplo, o partido manteve a sua ideologia flexível. Quando perguntados sobre o que o PMDB representa, parlamentares afirmam: liberdade de expressão, e ficam só nisso. O programa partidário transborda em insipidez: sua única posição firme é contra a pena de morte. É mais pró-empresas do que pró-mercado, muitas vezes fazendo lobby para benefícios locais e específicos da indústria. Os críticos acusam o PMDB de fisiologismo, a negociação de apoio político para cargos no governo (e, em alguns casos, por dinheiro). O partido prefere pensar em si mesmo como o guardião da "governabilidade". Um banqueiro pró PSDB diz que o PMDB é "uma das razões de que o Brasil nunca vai se tornar uma Venezuela". 

Mas a influência do partido raramente tem correspondido com sua magnitude. Em parte, como mostra a deserção solitária do deputado Eduardo Cunha, é porque o partido é mais um rótulo usado por políticos de mentalidade independente do que um campeão de qualquer filosofia política. O PMDB não postulou nenhum candidato para a presidência desde 1994, deixando os partidos mais ideológicos, PSDB e PT, para concorrer ao cargo mais alto do executivo. Os vencedores dos pleitos buscam o PMDB para formar base de apoio, mas não para orientação sobre como governar o país.

As desgraças de Dilma Rousseff podem mudar isso. Michel Temer faz o papel de um primeiro-ministro. Joaquim Levy, o ministro da Fazenda dos cortes orçamentários, o atende com mais freqüência do que a presidente, dizem seus assessores. Os líderes do PMDB recentemente disseram que o partido vai colocar um candidato para a presidência em 2018. Os candidatos possíveis são os senhores Temer e Cunha, assim como Eduardo Paes, ambicioso prefeito do Rio de Janeiro (se tudo der certo nos Jogos Olímpicos, que o Rio vai sediar no próximo ano). 

Isso pode ser conversa fiada. O PMDB sempre ameaça concorrer, só para garantir seu patrocínio do governo do momento, observa Marcos Nobre, um filósofo que escreveu um livro sobre o partido. Ele acha que o PMDB vai continuar a distanciar-se do governo sem derrubá-lo. Se é sério sobre a liderar no próximo governo, o partido antes terá de descobrir o que ele representa.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Alguém me belisca! Quero sair deste pesadelo de conto de Fadas!!

O país da piada pronta ataca novamente: Rebatendo o editorial do Financial Times, publicado aqui traduzido e na íntegra, o ministro Jacques Wagner disse hoje após visitar no Rio um navio de pesquisa hidroceanográfico." , segundo O Globo: "A linha condutora de uma nação não é horizontal, ela tem altos de baixos. Já tivemos momentos melhores, agora estamos num momento de dificuldade. Vamos superar como superamos e vamos chegar lá. Quem sabe o Financial resolve dizer que foi um conto de fadas."

O ministro Jacques que não é Cousteau visitar um navio hidroceanográfico já é piada pronta, porque em matéria de Defesa o ministro está boiando. Mas a piada mesmo é a avaliação da conjuntura do Brasil por parte do explorador marinho marxista.

A realidade é que ao ver o histórico de reportagens acerca do Brasil, o Financial Times tem demonstrado mais acertar do que errar.  Ao analisar o histórico de declarações de Wagner sobre o Brasil vemos que ele só tem errado, ele não entende que o Brasil está afundando?


Jacques no navio de pesquisa hidroceanográfico.

Não estamos vivendo um conto de fadas, mas estamos vivendo a hora do pesadelo. Nunca antes na história deste pais vemos tanta corrupção, incompetência e inatividade por parte de um governo. 
A declaração de Jacques parece a de quem viu o Titanic antes de afundar, confiante no porte da embarcação, se esquecendo do tamanho do iceberg que há adiante...

Enquanto Jacques Wagner sonha um conto de fadas, Freddy Krueger está atazanando o sono dos brasileiros, materializado em inflação, desemprego e crise. Alguém belisque Jacques Wagner, ele está sonhando. Alguém me belisque, quem sabe tudo isso não seja apenas um pesadelo.



Dilma na TV na sexta feira, preparem suas panelas...

Nesta sexta-feira (24) a presidente Dilma Rousseff (PT) vai conceder uma entrevista para a jornalista Mariana Godoy, da Rede TV!, em um programa gravado diretamente do Palácio do Planalto e que irá ao ar às 23h15.



O horário é meio ruim e vai ter muita gente dormindo, mas vale o panelaço. Preparem suas panelas, não é rede nacional, é Rede TV. Será que Mariana Godoy vai dar uma de Jô Soares ou vai alfinetar a presidenta? Pelo que já se sabe, vai ser conversa mole para boi dormir. Dilma pensa ainda que o povo brasileiro é gado e vai responder perguntas sobre a ditadura militar e seu papel na redemocratização do País.