terça-feira, 18 de agosto de 2015

Democracia das panelas: o livre direito à manifestação.


Viva la revolución! Dilma pegou em armas de fogo para tirar os militares do poder, bem como grande parte da esquerda brasileira. Sabemos que na verdade os grupos de esquerda revolucionários queriam instituir naquela época uma ditadura nos moldes cubanos no lugar da ditadura militar instalada. O brasileiro tem recorrido a uma arma pouco ortodoxa para tirar do poder os militantes de um partido que tem ditado as regras na política nacional nos últimos 13 anos através do jogo sujo da corrupção.

Um texto de Antônio Prata publicado na Folha tem causado polêmica nas redes sociais. Antônio Prata pergunta por que as panelas batem só para o PT. Para quem não o conhece, Antônio Prata se intitula meio intelectual, meio de esquerda, um intelectual de botequim. Eu, que não sou intelectual, e não frequento botequim, mas sou conservador, quero defender o toque das panelas. Reproduzo abaixo o texto, em vermelho (cor apropriada) e respondo em preto (também apropriadamente, afinal estou de luto pois meu país está moribundo).

Temos toda a razão de bater panelas quando a presidente aparece na TV dizendo que a culpa por nossa pindaíba é da crise internacional. Mas por que não batemos panelas quando Eduardo Cunha, o líder dos "black blocs" brasileiros, vândalo que faz política com pedras, bombas e coquetéis molotov, vai em rede nacional dizer que trabalha "para o povo", "sempre atento à governabilidade do país"?

Respondo a Prata e a quem interessar porque o povo brasileiro não bate panelas quando Eduardo Cunha aparece na TV. O povo sabe que a crise que vivemos não é obra de Eduardo Cunha. Eduardo Cunha não tem conduzido o país para a condição tão deletéria que vivemos. Eduardo Cunha aliás é um grande desconhecido para muitos, poucos conhecem seu passado político a fundo e Cunha foi eleito por seus pares deputados, muitos inclusive do PT, para a presidência da câmara, não pelo povo. O desgoverno do país não se deve a Eduardo Cunha, mas a quem tem as rédeas do país nas mãos.

Temos toda a razão de bater panelas contra a corrupção da Petrobras. Mas por que não batemos panelas contra o mensalão mineiro ou o cartel do metrô paulistano? Por que não batemos panelas contra a compra de votos para a reeleição do FHC? Por acaso pagar apoio na Câmara é mais grave do que pagar emenda na Constituição?

Não acho justo o povo brasileiro se unir em panelaço contra o PSDB, afinal não é o PSDB que tem roubado toda a nação. Particularmente acredito que o partido não é a oposição que o Brasil precisa, e não representa uma oposição ideológica ao PT. Não batemos panelas para a reeleição de FHC pois o PSDB pode ter feito o diabo para mudar a lei eleitoral permitindo a reeleição, mas FHC foi reeleito pelo povo. O PT foi contra a reeleição, está na situação há 13 anos e fez o diabo para reeleger 2 candidatos. Se foi contra a reeleição antes, porque mudou? Batemos panelas contra o PT, pois o PT não tem palavra. O PT não é sério.

Temos toda a razão de bater panelas contra o retrocesso econômico de 2015. Mas como podemos não bater panelas contra o anel de pobreza que desde sempre engloba as metrópoles brasileiras, essa Faixa de Gaza de tijolo aparente, essa Cabul de laje batida onde se amontoa boa parte da população?

O povo brasileiro não bate panela contra a violência e a pobreza da periferia, pois o povo brasileiro está acostumado a sofrer e ficar calado, a pegar fila do SUS, a ter o filho na escola fraca. O povo bate panela contra aqueles que agora chamam o povo que vive na “faixa de gaza de tijolo aparente” de “nova classe média”, só porque agora lá todos têm TV LCD de tela grande e geladeira nova, se esquecendo que o povo precisa de mais do que isso. Falta dignidade e respeito ao povo brasileiro por parte daqueles que não reconhecem os seus erros ao ouvir o soar das panelas. Viveram as últimas décadas desfilando como os arautos da moralidade, probidade e lisura, proclamando a si mesmos como os descobridores do novo Brasil. Jogaram na lama aquilo que trazia orgulho para o povo brasileiro.

Temos toda a razão de bater panelas quando o governo se cala diante dos descalabros venezuelanos e da ditadura cubana. Mas por que não batemos panelas diante do fato de nosso principal parceiro comercial ser a China, maior ditadura do planeta? O tofu que alimenta aquela tirania é feito com a nossa soja e os fazendeiros, ruralistas e empresários que acusam a "venezualização" do Brasil são os mesmos que lucram com o dinheiro comunista. Ninguém bate woks por causa disso?

Antônio Prata não entende que não são apenas meia dúzia de aristocratas e latifundiários que estão com a panela na mão. O povo brasileiro está com as panelas nas mãos porque exportamos soja, açúcar, minério de ferro e tantas outras commodities mas temos que importar médicos cubanos para garantir a saúde do povo brasileiro. O povo bate panelas porque nossa indústria está desmoronando. Os metalúrgicos, quem diria, são os mais afetados. Aqueles da indústria automobilística. Onde está Lula agora? Por que não está defendendo os trabalhadores? Ele deve estar ocupado fazendo lobby para algum campeão nacional. 

O resultado do que vemos é o enfraquecimento do Mercosul e a política de comércio exterior implementada pelo PT que estendeu os laços comerciais com a China e transformou de vez o país em somente um fornecedor de commodities. O povo bate panela porque sabe hoje que os amigos do rei e da rainha, as empresas que surfaram na onda gigante das commodities, foram favorecidas com empréstimos e aportes financeiros bilionários do BNDES em troca de doações de campanha, lícitas e ilícitas (caixa dois). São os grandes campeões nas doações de campanha.

Temos toda a razão de bater panelas contra o estelionato eleitoral do PT. Mas por que não batemos panelas contra o estelionato eleitoral do PSDB, que elege repetidamente um governador tipo "gerente", prometendo "e-fi-ci-ên-ci-a" em cada sílaba, mas coloca São Paulo à beira do co-lap-so-hí-dri-co"? Um cristão cuja polícia, não raro, participa de grupos de extermínio, na periferia. Esta semana, foram 18 chacinados em Osasco e Barueri. Imagina se fosse no Iguatemi? E o estelionato das UPPs, no Rio, que prometem paz, mas torturam um cidadão até a morte e somem com o corpo?

Quem elegeu repetidamente Alckmin não foi o PSDB, mas o voto do povo de São Paulo. O povo não bate panelas contra o colapso hídrico, o povo colabora e coopera economizando água. Assim como o povo pesquisa preço e economiza para fugir da inflação. O povo economiza luz, pois vivemos uma situação drástica com as térmicas acionadas a todo vapor literalmente pela falta de chuvas. O povo bate panela e grita: A nossa bandeira jamais será vermelha! mas infelizmente a bandeira tarifária que Dilma enfiou goela abaixo depois de prometer redução é. E o PT deveria estar vermelho de vergonha por isso, bem como aqueles que se dizem meio intelectuais, meio de esquerda.

"Não, não, isso não! Me mata, mas não faz isso comigo!", gritava o Amarildo, segundo um policial que testemunhou a barbárie, dentro de um contêiner. Como pode a nossa maior preocupação em relação ao Rio, hoje, ser com a qualidade das águas para as Olimpíadas de 2016? Cadê o Amarildo? Cadê as panelas?

O povo grita nas ruas da mesma maneira que Amarildo, não pela violência policial, mas pela violência moral que sofre e pelo policiamento do pensamento do politicamente correto, meio intelectual, meio de esquerda. Não sabemos quem matou Amarildo para cobrar sua punição, mas sabemos agora quem tem esfaqueado as contas públicas, conhecemos agora uma nova classe de parasitas que afagam enquanto sugam o dinheiro público, fruto do suor do povo brasileiro, para alimentar um projeto particular de poder. A maior preocupação do povo não é com a qualidade da água do Rio, afinal o povo de panelas na mão não é como o PT, que está mais preocupado com a SABESP ao invés de estar preocupado com a boa administração pública.

Temos toda a razão de sair pra rua, neste domingo, para protestar contra a incompetência, a corrupção e a burrice do governo. Mas por que não sair pra rua para protestar contra a incompetência, a corrupção e a burrice do país como um todo? Um país que mata seus jovens, sonega impostos, polui, compra carteira de motorista, licença ambiental, alvará, dirige pelo acostamento, estupra, espanca e esfaqueia mulher (mas retira a discussão de gênero do currículo escolar), um país onde os negros correspondem a 15% dos alunos universitários e a 67% da população carcerária.

Todos erramos. Somos imperfeitos. O que tem nos tornado assim ao longo dos séculos é a impunidade. A sociedade nos impõe regras que desafiam nossa conduta ética e moral, mas há uma lei da física que se aplica à sociedade: Para toda ação, há uma reação. Os mecanismos legais tratam de punir os erros dos indivíduos ou grupos. É o método de reação que a sociedade moldou através dos séculos para garantir a punição aos erros humanos, para que não mais se repitam e a sociedade evolua. Mas como vemos no Brasil, quando faltam educação, respeito, cidadania, e os meios de garantir a justiça não funcionam, há impunidade.  E quando fica evidente a impunidade, a sociedade se revolta, muitas vezes transbordando os limites da lei, como quando ocorre linchamento de estupradores e pedófilos e o ataque ao Instituto Lula, por exemplo. O problema do Brasil não são os brasileiros, mas sim a impunidade.

O povo bate panela e reconhece seu erro. Grande parcela daqueles que votaram no PT nos últimos 13 anos, em alguma das últimas eleições hoje batem panela e reconhecem que erraram. Os brasileiros recebem a justa punição em terem errado nas urnas, através da inflação, do desemprego crescente e da retração econômica. Mas o que tem despertado nos brasileiros os instintos mais primitivos é a impunidade frente a corrupção daqueles que sempre se disseram diferentes, probos, alvos, sãos, mas na verdade são ladrões hipócritas.

Eu bato panela e reconheço, fui incompetente, fui burro. Fui incompetente em não participar ativamente da democracia. Em não analisar a fundo os candidatos. Em não cobrar meu deputado quando da votação de algum projeto importante para mim e para meu país. Fui incompetente ao não conseguir mudar meu país para melhor participando ativamente da democracia, pelo contrário, abaixei a cabeça. Fui burro ao permitir que a situação chegasse a esse ponto onde retrocedemos ao invés de crescer. Fui burro ao pensar que não podia fazer nada. Agora sou punido junto com o povo brasileiro. Mas não posso continuar errando, preciso melhorar. Não será mais desta vez que somente o povo será punido. Basta de impunidade, basta de corrupção, basta de improbidade, basta de negligência e basta de indecência na política do Brasil. O povo está aprendendo a lição: a democracia emana do povo, vem de baixo para cima, é alimentada pelo povo.

Este ódio cego, esta parcialidade hipócrita, este bombardeio cirúrgico que pretende eliminar o PT — e só o PT — para "libertar o Brasil", empoderando Renan Calheiros e Eduardo Cunha, não é o desabrochar da consciência cívica, é mais um fruto da nossa incompetência, mais uma vitória da corrupção; palmas para a nossa burrice.

O PT desperta no brasileiro esse sentimento tão primitivo que é o ódio. O povo reage e bate panela contra o PT porque o PT merece. Porque se diziam diferentes e se demonstraram sórdidos. Porque se diziam limpos e vivem no chiqueiro. Porque o PT não reconhece seus erros, porque o PT não pede desculpas ao povo brasileiro por ter colocado o país na lama e nas manchetes do mundo no maior escândalo de corrupção da história da humanidade. Quem é hipócrita nessa história? Quem prometeu e mentiu? Quem amealhou para si através de programas sociais a imagem de um partido comprometido com o povo quando por debaixo do pano desviava bilhões e mais bilhões e mais bilhões e mais bilhões, para alimentar um moto-perpétuo de poder?

O PT é parcial e hipócrita. Parcial pois só pensa em seu projeto de perpetuação de poder. É hipócrita pois engana e rouba como nunca antes na história deste país. Hipócrita é quem se diz intelectual e defende a burrice da impunidade. É hipócrita e parcial quem se diz de esquerda, mas não olha para a situação do povo que tem o poder de compra do salário reduzido através da inflação, povo que vê sua moeda desvalorizar e sua economia regredir para uma época que todos queremos esquecer.

Que sejam punidos todos os que traíram a pátria saqueando o dinheiro que deveria ser destinado ao bem comum, independente do partido. Mas o ódio que foi despertado no brasileiro é contra o mais hipócrita dos partidos: o PT. Sinônimo de mentira, engano, ultraje. O ódio é resultado da hipocrisia e traição do PT ao povo que acreditou em suas falácias.

Os semi-intelectuais de esquerda atribuem ao povo brasileiro a incompetência de seus mentores. O povo quer gritar: Fora incompetentes! Fora ladrões! Fora mentirosos! Mas os intelectuais “de botequim do Itaim” querem calar o povo.

O Brasil precisa mudar para melhor, e o melhor é extirpar o PT do poder e eliminar este câncer sorrateiro que espalhou o tumor da corrupção por todos os órgãos federais e ameaça a vida do povo brasileiro. O povo precisa ser cirúrgico nessa hora, e então passar a escolher seus governantes não pelo marketing, mas com consciência e cobrar ativamente suas autoridades para que não haja recidiva desta doença crônica que é a corrupção. Independentemente de partido, o povo precisa usar o bisturi da democracia. O povo precisa ter esse papel ativo sempre, em especial sempre que o Brasil estiver à beira do colapso. As panelas são as armas do povo brasileiro contra a impunidade. O povo tem papel ativo na sociedade, e é hora de assumirmos essa postura. Se for preciso bateremos panelas, são as armas da democracia brasileira. O brasileiro é livre para se manifestar. 

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Saiu na CNN hoje: O Brasil está uma bagunça e em rumo a um grande protesto no fim de semana

O Brasil está uma bagunça e em rumo a um grande protesto no fim de semana


CNN: O Brasil está uma bagunça, nesse exato instante.


Sua economia está em recessão, sua moeda está despencando e sua presidente, Dilma Rousseff, tem o menor índice de aprovação - 8% - desde que outro presidente foi cassado em 1992.

E está ficando pior.

As agências de crédito americanas avaliaram a dívida do Brasil a um passo acima do grau especulativo. E o brasileiro comum está sofrendo como a rápida desvalorização da moeda. A moeda do Brasil, o real, caiu 34% em relação ao dólar este ano, chegando ao seu valor mais baixo desde 2003.

Muitos dos problemas do Brasil decorrem do caso de corrupção generalizada da empresa petrolífera estatal Petrobras. A história tomou conta do país e prejudica a empresa, que contribui ativamente para a sua economia.

A China também não está ajudando. É o maior parceiro comercial do Brasil, e sua economia em desaceleração está fazendo com que as commodities do Brasil - o motor do seu crescimento - percam valor rapidamente.

Este domingo, uma organização sem fins lucrativos do Brasil está organizando uma grande manifestação, em parte pedindo o impeachment de Rousseff. Os protestos estão programados em cada cidade brasileira, e também entre cidades na Europa e os EUA.

"Os problemas que a economia do Brasil está enfrentando são comparados a uma tempestade perfeita", diz Brian Winter, vice-presidente do Conselho das Américas. O protesto deste domingo poderá provavelmente ser o maior durante a administração de Dilma Rousseff, disse ele.

Veja mais detalhes na lista das perdas do Brasil:

1. A recessão que está piorando 

O Brasil já foi o garoto-propaganda da expansão dos mercados emergentes. Sua economia cresceu três vezes mais rápido do que a economia dos EUA em 2010. Mas hoje, seu crescimento econômico é pior do que o da Grécia. 

Há algumas razões fundamentais para o Brasil estar em recessão: 

A. A queda nos preços das commodities está realmente fazendo o Brasil sofrer. Os preços do petróleo caíram desde o ano passado. O preço de dois grandes produtos de exportação brasileiros, açúcar e café, caíram de 34% e 25% respectivamente em um ano. 

B. Seu maior parceiro comercial, a China, está diminuindo o ritmo de crescimento, desvalorizando a sua moeda e lutando para gerenciar sua correção do mercado. Isso não traz nada de bom para o Brasil, que precisa de parceiros comerciais saudáveis. 

A economia brasileira vai encolher 2,3% até o final do ano, de acordo com estimativas da Merrill Lynch Bank of America (BAC), que foram revisadas para baixo. O banco também está prevendo recessão em 2016, quando os Jogos Olímpicos ocorrerão no Rio de Janeiro. 

O Brasil está pagando por erros que cometeu durante seus anos de rápido crescimento, diz Winter. Seu banco central reduziu as taxas de juros em 2011, facilitando o crédito para empresas. Isso provocou inflação no Brasil, que agora está aumentando, alcançando dois dígitos. 

Para combater a inflação, o Banco Central do Brasil está agora aumentando as taxas de juros. Isso aumenta o custo das transações para todos - a última coisa que você quer fazer em uma recessão. "É difícil encontrar pessoas agora que pensam que a economia do Brasil vai crescer em 2016", diz Winter.

2. O escândalo da Petrobras gera medo e incerteza.

Os brasileiros estão acostumados com a corrupção política. Mas o escândalo que engoliu a Petrobras, a companhia estatal de petróleo, abalou a nação, abalou a economia e coloca a presidente em risco de impeachment. 

É um caso clássico de corrupção: durante anos, as empresas que estavam competindo por contratos lucrativos, tais como a construção de plataformas de petróleo, deram propinas a funcionários da Petrobras. Alguns desses subornos foram canalizados para partido político de Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores. (Rousseff não foi acusada de crime, mas estes reverberaram por toda a classe política e vários políticos de seu partido também foram acusados.) 

"Não há nenhum tipo de precedente para este tipo de escândalo" no Brasil, diz Gerardo Rodriguez, diretor de estratégia multi-ativos de mercados emergentes na BlackRock. "Só nos últimos dois ou três meses, o nível de incerteza [política] tem subido de forma bastante dramática." 

Estas propinas não eram fichinha. A Petrobras perdeu 2 bilhões de dólares em subornos ao longo dos anos. 

A realidade é que o Brasil precisa da Petrobras para ter sucesso. A empresa responde sozinha por 10% da atividade econômica no país, sem contar todos os outros negócios, como construção e transporte, que ela gera. As ações da Petrobras tiveram uma queda de quase 50% em um ano.

3. O pior: aumento da taxa de juros americana se aproximando.

Não é apenas a China que está causando ao Brasil uma dor de cabeça no cenário internacional. As coisas ainda podem piorar em setembro. O banco central americano, o Federal Reserve, poderá elevar sua taxa de juros em setembro pela primeira vez em quase uma década. Um aumento da taxa americana tende a levar os investidores retirar seu dinheiro dos mercados emergentes como o Brasil.

Taxas mais elevadas nos EUA significa que investidores podem obter lucros mais elevados. Isso reduz o desejo dos investidores procurar no exterior mercados mais arriscados, porém com apostas de retorno mais elevadas.


quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Impeachment é golpe? Dilma enverga mas não quebra?

Por uma perua Fiat Elba, Color sofreu "golpe". Essa deve ser a visão de Dilma Roussef, que acredita que quem defende o Impeachment é golpista. Na época, Lula, seu criador, foi a favor do "golpe" contra Color

A mandatária usufruiu de dinheiro desviado da Petrobras que abasteceu sua campanha vitoriosa. A soma segundo já apurado pela Operação Lava Jato foi de pelo menos R$ 7.500.000,00. Sete milhões e meio de reais.

No encerramento da marcha das margaridas, Dilma citou Lênin, o afável ditador soviético que comandou a morte de milhares: Eu envergo mas não quebro.

Dilma poderia se dobrar sim, à vontade popular e sair do Palácio da Alvorada. Talvez só assim ela saia intacta ao fim da Operação Lava Jato.


A margarida que gerou recessão

O Jornal do Brasil informa: A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira, na cerimônia de encerramento da Marcha das Margaridas, no estádio Mané Garrincha, em Brasília, que não permitirá que haja retrocessos no país. "Nós margaridas, que geramos a vida, não permitiremos que ocorra qualquer retrocesso nas conquistas sociais e democráticas. Continuarei trabalhando para honrar e realizar os sonhos de vocês", afirmou.

Primeiramente, quem são as margaridas? Segundo a EBC, agencia de mídia oficial do governo, são trabalhadoras rurais, extrativistas, indígenas, quilombolas . Ou seja, são parte das minorias que formam a minoria da população que aprovam o governo Dilma. 

Dilma se inclui no grupo, mesmo não sendo trabalhadora rural, extrativista, indígena ou quilombola, apesar de louvar a mandioca e ser mulher sapiens. Ela bem tentou usar o chapéu de palha mas desistiu para não estragar o penteado. Essa é a Dilmargarida Sapiens, espécie rara da flora, em extinção.

Dilmargarida não quer estragar o penteado

Segundo Dilma, as margaridas, como ela, geram vida. Mas Dilma não tem gerado vida, muito pelo contrário, tem gerado a morte de empresas e o fim do emprego para muitos trabalhadores. Dilma foi a causa do retrocesso do Brasil, que em muitos índices retrocedeu mais de 10 anos. 

Houve retrocesso nas conquistas sociais. Neste ano, pelo ajuste fiscal, as verbas para programas sociais foram cortadas na carne, Dilma quis encolher o seguro desemprego e só não conseguiu porque o congresso não deixou. O FIES sofreu uma grande diminuição, repercutindo na mídia no começo do ano.

A democracia enfraqueceu. Dilma não escuta a voz das ruas e não se retrata, mas continua com o discurso de que seu governo é perfeito. Ela tem tratado delatores como traidores, sendo que a lei lhes garante o direito da colaboração premiada. Dilma tem atacado a oposição em todas as oportunidades, qualificando-a como golpista por fazer seu antagonismo e a mídia tem sido criticada quando discorda da posição oficial.

Mais uma vez, Dilma discursa para as margaridas e não para o povo. Dilma governa para as margaridas e não para o povo. Dilma é a margarida que gerou a recessão.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

O PSDB precisa deixar os interesses pessoais de lado e finalmente ouvir a voz das ruas.

Ontem publicamos que Dilma afirmou na entrega de casas do Minha Casa, Minha Vida:  É preciso que as pessoas prensem primeiro no Brasil e só depois pensem em seus partidos e em seus projetos pessoais.

Hoje faço um apelo ao PSDB: Escutem o discurso de Dilma. Este pedido é voltado ao governador Geraldo Alckmin, em especial. 



Ontem, esteve na cerimônia em memória do governador Eduardo Campos, que faleceu há um ano. Mais uma vez Alckmin criticou e afastou a possibilidade de Impeachment. 

"Essa questão de impeachment não está colocada neste momento. Não há nenhuma proposta hoje de impeachment no Congresso Nacional. O que precisa agora é investigar, investigar, investigar e cumprir a Constituição", afirmou Alckmin. Alckmin esquece que no momento existem 32 pedidos de impeachment nas mãos de Eduardo Cunha, presidente da câmara.

O PSDB está rachado. Aécio quer que o resultado das eleições sejam anulados caso constatado fraude eleitoral pelo TSE. Os deputados querem o impeachment ou novas eleições. Serra quer impeachment, para ser super ministro de Temer. Alckmin quer que Dilma sangre até 2018 e não percebe que o Brasil está sangrando. 

Alckmin, pense primeiro no Brasil e só depois pense no seu projeto pessoal. Alckmin, pense no país que está esfacelado e não no seu projeto pessoal de poder para 2018.

O PSDB não está ouvindo a voz das ruas, não entendeu que o povo requer do PSDB mais do que nunca uma conduta de oposição, por mais que o partido em sua essência não seja de oposição. 

O grande erro do PT foi não ouvir sua base, esfacelando sua unidade no momento que mais precisa. O resultado é a morte prematura do PT, um câncer que já está instalado e não tem regressão. O PT acabará, pelo menos da forma como o conhecemos. 

O PSDB está indo para o mesmo caminho, pois pela falta de compromisso com o povo, virou uma legenda de figurões que colocam seus projetos pessoais à frente da unidade do partido e do interesse da maioria da população. A voz das ruas soa: Impeachment. A voz de Alckmin que deveria ecoar a voz das ruas, no papel de oposição, esfria o ímpeto de seus pares em atender ao chamado das ruas.

São Paulo: A cidade que não pode parar, já parou.

O Brasil regride, e todos sabemos. São Paulo também regride com Haddad. Agora, o dirigente de São Paulo quer mais uma vez por o pé no freio diminuindo a velocidade de todas as avenidas de São Paulo para 50 km/h e de todas as ruas para 40 km/h até dezembro.

A diminuição de velocidade sumária em todas as vias, independente de número de faixas de rolamento e da medição real do trafego ao longo de todos os dias da semana, sem um estudo técnico que embase tais medidas demonstra que o petista é incapaz de entender que há um código de trânsito no Brasil que já estabelece velocidades para vias expressas, avenidas, vias coletoras, e demais vias. Tratar uma avenida como a 23 de maio como uma Avenida Santo Amaro demonstra a imbecilidade intelectual e técnica dos gestores municipais em São Paulo. Para eles, é tudo a mesma coisa.

Sem estudos técnicos foram implementadas as ciclofaixas, e o resultado vemos abaixo:

Tinha um tubo no meio do caminho, no meio do caminho tinha um tubo...

Desta vez novamente Haddad justifica sua canetada em nome da segurança. Temos visto em diversas reportagens que o número de atropelamentos cresceu a partir do momento que a campanha em favor do pedestre foi cortada pela prefeitura de São Paulo. Agentes de conscientização que usavam placas para dar vez ao pedestre nas faixas, educando os motoristas, foram desempregados e a ação educativa parou, o que fez saltar o número de mortos por atropelamento em mais de 7%. Da mesma maneira, Haddad aumentando o trânsito quer que os carros fiquem mais tempo nas ruas, emitindo mais poluentes. 

A lógica do prefeito contraria a lógica racional. Pergunta que fica para ser respondida pelos que defendem a medida: O que o prefeito Fernando Haddad tem feito para melhorar o trânsito? O que tem sido feito pela prefeitura para tornar mais fluido o tráfego em São Paulo? Eu responderei: Nada.

Quem poderá desatar o nó do trânsito de São Paulo? 
Não será Haddad com certeza

Haddad não entende que a população precisa é de melhorias na infraestrutura viária existente. Quem mora em São Paulo sabe que as ruas estão cheias de buracos, há meses sem reparo.

Dinheiro indo para o bolso dos corruPTos

Quando chove os semáforos ficam no modo amarelo piscante, tornando o trânsito caótico. As árvores, que não são cuidadas apropriadamente pela Secretaria do Verde e Meio Ambiente, caem, e o digníssimo prefeito como saída para o caos instalado tipifica uma comum chuva de verão como furacão de categoria similar ao Katrina que devastou New Orleans.

Como funcionam os semáforos de SP

O que tem sido devastador e avassalador para a cidade é a gestão Haddad, um furacão que ainda não acabou mas deixa milhares de vítimas, cidadãos que estão aprisionados em seus carros tentando voltar para casa depois de um longo dia de trabalho, ou que trabalham na rua, em visita a clientes e que são vistos pela gestão petista como burgueses que não usam o ônibus nem bicicleta.

Desde a década de 50, São Paulo é conhecida como "A cidade que não pode parar". O motor que sempre impulsionou a maior economia do País são os trabalhadores. Cidadãos que trabalham na rua, seguranças, motoristas, taxistas, pessoas de bem que tentam chegar em sus compromissos na hora certa. Entre eles a dita classe média, detestável para o PT mesmo sendo uma das engrenagens mais importantes deste motor.  Haddad tem feito São Paulo regredir. São Paulo está parando, em todos os sentidos. É a lógica inversa da grande mente que pisa no freio da cidade que não pode parar.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Dilma, renuncie e ajude o país.

Dilma entregou mais unidades do Minha Casa, Minha Vida no Maranhão. Na cerimônia esbravejou: É preciso que as pessoas prensem primeiro no Brasil e só depois pensem em seus partidos e em seus projetos pessoais.

Dilma, atenda ao seu próprio apelo, para o bem do Brasil

Dilma, pedimos encarecidamente: pense no Brasil. Pare de pensar em manter-se no governo passando por cima da probidade administrativa, da legalidade das eleições de 2014, da lei de responsabilidade fiscal, e da constituição federal e legislação em vigor que prevê o impeachment. Pare de pensar em seu projeto pessoal de poder e no projeto criminoso de poder de seu partido. Dilma, pedimos, faça conforme a sua fala de hoje e renuncie. 

Ela continuou dizendo: “Aí, é apostar no quanto pior, melhor. [Mas] melhor para quem? É essa a pergunta. [Porque] é pior para a população, é pior para o povo. É pior para todos nós”.

Acredite Dilma, quando você deixar Brasília, a bolsa vai subir, o mercado vai reagir e o emprego voltará a crescer. Dilma, você tem agido como a âncora do Brasil, ao apostar no quanto pior para a economia, melhor para o PT. Ao apostar no quanto pior para a Petrobrás, melhor para o PT. Dilma, você e seu partido não possuem autoridade moral para falar de quanto pior, melhor. Vocês fizeram o diabo nos últimos 13 anos, não só nas eleições. O pior para o Brasil foi acreditar nos enganos ditos por essa mulher que só pensa em seu projeto pessoal.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Panela Neles!

Essas são as panelas do brasileiro segundo a propaganda partidária do PT que irá ao ar hoje à noite.


A realidade do brasileiro, no entanto, é essa:


Lembramos em outubro do ano passado quando o então secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, sugeriu que o brasileiro substituísse a carne bovina na panela, pelo ovo. 

Não tem jeito, com a panela vazia o jeito é usar para bater.


O ovo podemos usar para jogar em algum petista que apareça pela frente.

Rui Quixote de La Mancha

Da Wikipedia, segue o enredo da célebre obra de Miguel de Cervantes, "Dom Quixote":

O protagonista da obra é Dom Quixote, um pequeno fidalgo castelhano que perdeu a razão por muita leitura de romances de cavalaria e pretende imitar seus heróis preferidos. O romance narra as suas aventuras em companhia de Sancho Pança, seu fiel amigo e companheiro, que tem uma visão mais realista. A ação gira em torno das três incursões da dupla por terras de La Mancha, de Aragão e de Catalunha. Nessas incursões, ele se envolve em uma série de aventuras, mas suas fantasias são sempre desmentidas pela dura realidade. O efeito é altamente humorístico. O encanto da obra nasce do descompasso entre o idealismo do protagonista e a realidade na qual ele atua. Cem anos antes, Quixote teria sido um herói a mais nas crônicas ou romances de cavalaria, mas ele havia se enganado de século. Sua loucura residia no anacronismo. Isso permitiu ao autor fazer uma sátira de sua época, usando a figura de um cavaleiro medieval em plena Idade Moderna para retratar uma Espanha que, após um século de glórias, começava a duvidar de si mesma.

O Dom Quixote do Brasil é Rui Falcão.

Rui Quixote de La Mancha

Abaixo, nota do site do PT:

O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, criticou, em entrevista coletiva após reunião da Executiva Nacional da legenda, nesta terça-feira (4), a campanha da mídia para atacar a sigla.

Além disso, ele comentou o ataque à bomba contra o Instituto Lula, na última quinta-feira (30). Rui Falcão se referiu ao atentado como “fascista e terrorista”.

Para ele, a forma superficial com que o ato foi abordado pela mídia mostra a tentativa de ignorar a violência contra o instituto que leva o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Falcão delira, acho que leu muito Marx. Ele vê gigantes onde só há moinhos de vento. Os moinhos de vento de Falcão são os órgãos de imprensa. 

A imprensa não está ventilando notícias falsas, Falcão.

Falcão vê gigantes onde há apenas moinhos de vento, que não possuem força própria mas transformam a energia do vento das notícias no trabalho proveitoso para a nação. Move-se de acordo com o vento de mudanças que paira como brisa para o brasileiro. O vento das notícias movem a mídia, com fim proveitoso. São os acontecimentos, as ações dos agentes políticos e sociais dignos de nota e os acontecimentos que a permeiam.

A mídia tem seu papel fundamental na sociedade e o PT sempre quis derrubar os moinhos que ajudam tanto os brasileiros. A quase totalidade dos escândalos de corrupção que vieram à tona nas últimas décadas no Brasil foram debulhados e expostos pela mídia. A mídia que quando atribuiu áurea superior a Lula era para Falcão guardiã da liberdade, agora é fascista. 

Os ventos que movem a mídia são ventos de mudança. As pesquisas de opinião refletem a opinião da população, e não da mídia. Não é a direita contra a esquerda, mas é o povo cansado da corrupção de Falcão e seus companheiros. Não é a mídia que está julgando os petroleiros, mas a justiça, em todas as suas instâncias. A mídia expõe o vento de mudanças, mas quem a move são os acontecimentos, as ações dos agentes políticos e sociais dignos de nota são os ventos que impulsionam a mídia para fim proveitoso.

Falcão delira, e se arremete contra as pás daquela que tem sido a guardiã da pluralidade de pensamentos e da liberdade no Brasil, apesar das sucessivas tentativas de cerceamento que falharam.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Mercadante, Cardozo, e FHC: Dilma Rousseff é uma pessoa "honrada"

O que Aloízio Mercadante, José Eduardo Cardozo e Fernando Henrique Cardoso tem em comum? Acham Dilma honrada. O discurso dos três é tão afinado que parecem pertencer ao mesmo partido.

Em depoimento na Comissão de Minas e Energia da Câmara, nesta quarta-feira (5), o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disse que a presidente Dilma Rousseff é uma pessoa "honrada, séria e intransigente em relação às regras e legislação".



José Eduardo Cardozo, disse no ultimo dia 15: "Conheço a presidente há muitos anos. Toda pessoa tem defeitos. Não está entre os defeitos da presidenta Dilma Rousseff a desonestidade"



Em entrevista à revista alemã de economia “Capital” publicada na edição deste sábado (1º), o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso afirmou que a presidente Dilma Rousseff é uma “pessoa honrada” e que ela não está envolvida com o esquema de corrupção que atuava na Petrobras.



Dilma é honrada? Vamos analisar.

Segundo o Dicionário Michaelis, honrado significa 1 Que tem honra. 2 Honesto, probo.

Dilma tem honra? Ela tem procurado merecer e manter a consideração pública? Não, Dilma não tem sido uma pessoa honrada, pois não tem cumprido suas promessas. Dilma demonstrou não ter palavra e não defender sua honra, ao mentir em campanha. Seus atos estão completamente descolados de suas promessas eleitorais.

Dilma é honesta? Tem probidade? Ela presidiu o conselho da Petrobrás no momento em que o Petrolão ocorria a todo vapor. O dinheiro de sua campanha veio de propinas pagas com o dinheiro público por empresas privadas, como já demonstrado e provado na Lava Jato. Tirem suas próprias conclusões.

FHC, Cardozo e Mercadante querem enganar a todos. Dilma mente, Dilma engana e Dilma rouba. Dilma fez o diabo como havia prometido, com dinheiro público abastecendo sua campanha. Dilma fez o diabo para maquiar suas contas com pedaladas fiscais. Dilma promoveu a maior desvalorização da Petrobras, que antes era orgulho do Brasil.

FHC não é oposição e não quer o Impeachment de Dilma. Ele é a voz brasileira que defende Dilma no exterior, fazendo parte de um jogo de poder onde não importa qual partido é situação ou oposição, mas sim participar do jogo obtendo vantagens. FHC recebeu Lula quando era presidente na residência presidencial e disse à Lula: Prepare-se, você vai morar aqui. FHC lutou por 18 dias para obter apoio internacional à Lula quando se elegeu, intermediando a relação com George W. Bush. 

FHC, faça-nos um favor e limite-se a ser um ex-presidente lembrado pelo plano real e a estabilização econômica, um legado positivo. O povo brasileiro não precisa de mais um porta voz da presidenta no exterior, não manche mais uma vez esse legado positivo.

A meta



Por que Dirceu não quer colaborar? Porque é mais fácil matarem Dirceu do que ele fazer uma delação premiada.

"É mais fácil matarem Dirceu do que ele fazer uma delação premiada", disse Roberto Podval, advogado de José Dirceu, à Folha de S. Paulo. Essa é a frase do dia do jornal eletrônico Oantagonista.com.

Podval gosta de ser o centro das atenções.

O excelente Blog do Paulinho (blogdopaulinho.wordpress.com) informou em abril, quando Podval foi contratado: 

O advogado Roberto Podval é conhecido no meio jurídico pelos métodos, digamos, pouco ortodoxos utilizados não apenas na defesa, mas também na escolha de seus clientes.

Entre os quais estão: Kia Joorabchian, acusado de ser “laranja’ ou administrador de recursos da Máfia Russa, Sombra, acusado de matar o ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, Farah Jorge Farah, acusado de matar e esquartejar pacientes, além do casal Nardoni, que dispensa apresentações.

Ligado umbilicalmente ao PT, e sabedor dos segredos mais profundos do partido, Podval sempre desejou defender um de seus nomes mais importantes, o ex-ministro José Dirceu (PT).

Agora conseguiu.

Roberto Podval foi advogado de defesa de Sérgio Gomes da Silva, o Sérgio Sombra, apontado pelo Ministério Público Estadual como mandante da morte de Celso Daniel. Quem pagou Podval à época, um dos mais caros advogados de São Paulo, foi o PT.

Sérgio Sombra: Mãos Limpas?

Fica claro que quem paga os honorários de Podval é o PT também nesse caso, afinal o único beneficiado em Dirceu não fazer o acordo de colaboração premiada é o PT. Fica claro também que cada vez mais a Operação Lava Jato se assemelha à sua semelhante italiana, Manu Pulite. 

O PT é a máfia que dá seu recado através de Podval: Dirceu, se  resolver denunciar, vai acabar como Celso Daniel.

O inconsolável José Dirceu consola a família de Celso Daniel.

Zé Dirceu, qual lado você prefere escolher?

Zé Dirceu tem a chance de fazer algo bom pelo país. Seus amigos do PT o abandonaram, sem sequer emitir nota a respeito de sua prisão. Faço minhas as palavras de Paulo Eduardo Martins, abaixo:

Dirceu, aceita um Free?

Por estar cumprindo pena do mensalão, caso seja condenado pelo petrolão suas penas serão somadas e iniciará o cumprimento de sua pena, muito provavelmente em regime fechado, pela pena com grande chance ultrapassar os 8 anos e por ser reincidente, como podemos concluir com base nas explicações do professor Luis Flávio Gomes no vídeo abaixo.


A colaboração premiada foi estabelecida em 2013 através da lei nº 12.850/2013 após pressão popular das manifestações que tomaram o país e atingiram o congresso nacional contra a corrupção. A lei mudou a antigamente denominada na lei anterior delação premiada, agora nominada colaboração premiada. Exatamente, a mídia tem chamado erroneamente de delação premiada o recurso que tem nome correto de colaboração premiada. Delação denota e atribui um caráter negativo, de traição, em um acordo que na verdade resulta na colaboração daquele que se arrependeu na completa elucidação do crime em questão, resultando em benefícios. 

Docente da PUC, Guilherme de Souza Nucci: explica o instituto: “colaborar significa prestar auxílio, contribuir; associando-se ao termo premiada, que representa vantagem ou recompensa, extrai-se o significado processual penal para o investigado ou acusado que dela se vale: admitindo a prática criminosa, como autor ou partícipe, revela a ocorrência de outro (s), permitindo ao Estado ampliar o conhecimento acerca da infração penal, no tocante à materialidade ou autoria.”

A nova lei aumentou os benefícios concedidos pelo colaborador (não apenas a diminuição da pena, mas também o perdão judicial e a substituição da pena corpórea por pena restritiva de direitos, por exemplo), ampliou o rol de resultados para a concessão do(s) benefício(s) previsto(s) (incisos I a V do artigo 4º), estabeleceu os direitos do colaborador, além de instituir os requisitos do termo de acordo da colaboração.

A chance de Dirceu é colaborar. A colaboração premiada garantirá a Zé Dirceu poder conviver com sua esposa, com quem se casou recentemente, e com sua filha pequena, de 5 anos. Dirceu pode escolher, ficar do lado criminoso do PT, permanecendo na cadeia, ou ficar do lado da verdade e colaborar, permanecendo ao lado de sua esposa e família

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

O Antagonista: O "bode expiatório político"

Do excelente jornal eletrônico oantagonista.com sobre a declaração dos advogados de Dirceu: 


Os advogados de José Dirceu, em entrevista coletiva, disseram que a prisão do seu cliente "não foi jurídica, e sim política." Afirmaram também que José Dirceu está sendo "usado como bode expiatório".

Agora, vamos relembrar o passado, mais precisamente 1969. 

O time de bodes expiatórios. Dirceu é o segundo acima, à esquerda.

O bode expiatório José Dirceu em 1969 valia 100 embaixadores americanos do ponto de vista do povo, isto segundo seu companheiro de armas Franklin Martins que escreveu assim a carta anunciando o sequestro do embaixador Charles Elbrick e exigindo a libertação de 15 bodes expiatórios em troca da libertação do embaixador.

Hoje o povo sabe o verdadeiro valor de José Dirceu e seus comparsas.

O povo tem a chave para libertar o país.


Estamos escravizados. O país é refém, mantido em cativeiro. Trabalhamos sem cessar e forçadamente dedicamos grande parte do resultado de nosso trabalho para sustentar nossos algozes, que em troca nos mantêm dependentes, atirando-nos esmolas.

O sistema político brasileiro que nos oprime é o resultado do conformismo de um povo que foi criado para ser manipulado, para ser mantido sob servidão ao Estado. 

As forças políticas no Brasil estão todas fundamentadas na mesma ideologia que dita o controle do povo pelo Estado, para suposto benefício deste povo. O Estado que deveria servir ao povo para suprir as necessidades que o povo não pode prover a si mesmo, na sua concepção original, passa a se alimentar, sendo fomentado pelos impostos, crescendo e estendendo seus tentáculos para além de sua jurisdição. Quanto mais se alimenta de impostos, mais cresce, mais inchado fica e maior é sua ganância, recaindo no círculo vicioso sem fim da corrupção.

Ao mesmo tempo, cria para si uma rede cultural que aprisiona os questionamentos, a dúvida, e estabelece uma verdade relativa em substituição à realidade. Somos bombardeados pelas muitas vozes de nossos algozes, transmitidas através de parte significativa da mídia controlada pelos interesses econômicos e de poder e nas escolas e academias, através do ensino ideológico tendencioso, que resultaram ao longo dos anos em uma lobotomia generalizada do povo brasileiro, que acredita estar em liberdade. 

Mas essa classe política esqueceu-se que na cela que nos aprisionaram há uma fenda de esperança. 

Estávamos satisfeitos com nossa mediocridade política, enquanto as esmolas eram atiradas em nossa direção e o prato que recebíamos tinha comida. A carcereira descuidou-se e a comida e as esmolas estão acabando.

Estamos aprisionados sob um regime autocrático que foi construído aos poucos através dos pequenos tijolos que eram colocados, sem que percebêssemos. Foi formada uma espessa parede que cerceia nossa liberdade, mas o projeto deste cárcere ainda não foi completado e ainda há uma pequena fenda. Ainda não somos uma Venezuela.

Nossos algozes tentaram por repetidas vezes tapar esta última fenda, tentando controlar o que vemos e ouvimos. Não obtiveram sucesso, então instalaram uma falsa janela, uma mídia comprada, que nos reflete um paraíso utópico onde o SUS é uma maravilha, as escolas são decentes e todos vivem felizes. Mas a fenda pequena permitiu que enxergássemos a verdadeira luz.

A fenda de esperança, parte pequena dos agentes culturais e da mídia que entenderam o contexto em que estamos inseridos, nos permitiram enxergar o lado de fora e agora sabemos, a liberdade está do lado de fora. 

A luz da justiça, que representa a parte sã das instituições, que tem a missão de aclarar aquilo que é feito às escondidas, na escuridão de Brasília, tem iluminado o interior desta cela através desta fenda. Não podemos atravessar a fenda, pois é estreita, mas podemos enxergar através da luz que penetrou: a chave da libertação deste cativeiro não está do lado de fora, com nossos algozes, mas está dentro deste grande cativeiro chamado Brasil.

O povo brasileiro tem a chave, mas foi criado acreditando que a cela é o melhor lugar. O brasileiro não queria sair da redoma tenebrosa que o afugenta, mas agora, sem as benesses e sem o alimento esse fio de luz, essa fenda de esperança nos permite enxergar uma saída. Usar essa chave depende de um esforço de união de cada brasileiro, cativo deste sistema.

Dia 16 de agosto o povo brasileiro pode usar a chave da democracia. A verdadeira democracia é o poder do povo. Abraham Lincoln a definiu assim: “A democracia é o governo do povo, pelo povo, para o povo.” Só o povo tem o poder. 

No Brasil, a rede cultural que capturou o livre pensamento do povo brasileiro dita que o povo somente pode exercer seu direito democrático através do voto, a cada 4 anos, mas a verdade absoluta é que o povo tem a chave do poder em suas mãos todo o tempo. A definição de Lincoln rasga a rede cultural que nos aprisiona e nos permite entender que a democracia verdadeira é exercida pelo povo, não apenas uma vez a cada quatro anos, mas diariamente através de seu poder na livre manifestação de idéias, no contraditório, no direito a se opôr à vontade oportunista de um governante que não se dobra a servir ao povo que lhe elegeu, mas usa a democracia para benefício próprio. 

O povo brasileiro pode e deve demonstrar sua insatisfação e cobrar das autoridades superiores, da parte sã das instituições, através da pressão popular. No dia 16 de agosto, o povo precisa apoiar a parte sã das instituições que tem feito a sua parte, exigir que todos sejam investigados, sem excessão, para que não fiquemos novamente reféns de um resquício de nossos algozes no futuro. O povo tem o poder de sair da letargia e do conformismo e tomar em suas mãos a chave da democracia, e agir. 

O Brasil não precisa apenas de um expurgo de um partido governante. O Brasil precisa construir uma classe de políticos que representem não só um espectro da esfera política, ideológica, mas de uma classe política plural e séria, que não seja guiada pela corrupção e fome de poder mas sim pelo povo.

Não precisamos de mais do mesmo, mas de uma profunda transformação cultural, política e social. O povo precisa aprender a exercer seu direito democrático sendo o verdadeiro guardião de sua liberdade.

Dia 16 podemos nos libertar da escravidão da mesmice. Depois de alcançar esse objetivo não podemos nos acomodar e esquecer de zelar por essa liberdade tão preciosa. Precisamos ter sempre em nossas mãos a chave da democracia. Só assim permaneceremos livres.



Financial Times: Brasil: problema no motor

Brasil: problema no motor

O país que foi um motor da economia global é agora o homem doente dos mercados emergentes



Ponto de frenagem: Um trabalhador na linha de montagem na fábrica da MAN em Resende, 
estado do Rio de Janeiro



A sala da diretoria da fabricante de veículos pesados ​​MAN em São Paulo é decorada com uma coleção modelos em miniatura de seus caminhões, bolas de futebol e as camisas de times de futebol locais.



Mas os brinquedos não ajudam a melhorar o humor ali. Aquela que foi considerada uma campeã do mundo corporativo brasileiro, com taxas de crescimento de dois dígitos, a indústria de caminhões tem caído em tempos difíceis assim como a seleção brasileira de futebol que foi goleada pela Alemanha na Copa do Mundo do ano passado.



Nos primeiros seis meses deste ano, a produção de caminhões e ônibus caiu 45% em comparação com o ano anterior. É um desastre que deve ser repetido este ano na maior economia da América Latina.



"Na minha vida profissional, eu já passou por 17 crises [econômicas]", diz Roberto Cortes, CEO da MAN América Latina, de propriedade da Volkswagen, contando nos dedos vários episódios de tumulto financeiro, a partir de "crise tequila" no México de 1994 a Lehman Brothers, em 2008." Esta é mais uma. E é uma que é muito específica para o Brasil. "



O país deixou de ser um motor da economia mundial, no rol dos países que apresentam rápido crescimento do chamado Bric para se tornar o país doente dos grandes mercados emergentes. O desemprego está em alta, a confiança dos empresários em queda livre. A agência de classificação Standard & Poors está considerando reduzir sua classificação de grau de investimento para junk. O país está quebrando recordes negativos de todas as maneiras. "Achamos que a atual recessão vai desafiar o Brasil da pior maneira na história recente, pelo menos desde que os dados trimestrais começaram a ser recolhidos em 1996", segundo o BNP Paribas, que está prevendo uma contração do produto interno bruto este ano de 2,5 por cento, menor que 0,1% positivo do ano passado. Entre os grandes mercados emergentes, apenas a Rússia deverá ir pior que o Brasil este ano, de acordo com previsões do PIB do Fundo Monetário Internacional.



Rousseff na linha de fogo



Apenas seis meses depois do início de seu segundo mandato de quatro anos, Dilma Rousseff está sofrendo as mais baixas classificações de qualquer presidente na história democrática recente do Brasil. Pior, a economia fraca denigre as conquistas passadas de seu Partido dos Trabalhadores, ou PT, partido governante durante seus 13 anos no poder de esquerda - a criação de uma nova e vasta classe média baixa. A frágil prosperidade desse grupo está em risco - e junto com isso a permanência de Rousseff no poder.




A recessão vem enquanto os promotores estão investigando principalmente os políticos da coalizão no poder em um escândalo crescente na empresa petrolífera estatal Petrobras. Conhecida como Lava Jato, a investigação tem alimentado as chamadas para seu impeachment e está colocando não só o legado de Dilma Rousseff em risco, mas também a do PT.



"Desde o segundo turno das eleições, o governo não foi capaz de produzir uma boa notícia", diz Renato Meirelles, diretor da empresa de pesquisa de mercado Data Popular.



Os economistas dizem que há uma coisa avançando no Brasil: a de que a atual recessão é apenas isso - uma desaceleração cíclica ao invés de uma crise de grandes proporções do tipo que o país sofreu em 1980 e 1990.



O Brasil não está passando por uma crise de conta corrente ou cambial - O país tem reservas cambiais de cerca de US$ 369 bilhões, entre os maiores estoques do mundo. Como vários outros grandes mercados emergentes, o Brasil está sofrendo com o fim do super-ciclo de commodities em meio ao recuo da demanda da China, bem como o esgotamento de um boom de crédito doméstico. Mas a profundidade da crise está sendo responsabilizada por manobras de Dilma Rousseff - em seu primeiro mandato - para prolongar o período de bonança por meio de controles de preços e um programa de estímulo, em grande parte ineficazes. O Brasil registrou seu primeiro déficit fiscal primário - o saldo orçamental menos juros - em uma década, em 2014.



Sua generosidade fiscal levou a uma situação tóxica de baixo crescimento e alta inflação, forçando o Banco Central a subir a sua taxa básica de juros para 14,25 por cento na semana passada - maior do que em qualquer outra grande economia. Foi seu oitavo aumento consecutivo em 11 meses.



"Esta é mais uma recessão tradicional relacionada com o ciclo econômico do que uma daquelas crises que tivemos no passado", diz Caio Megale, economista do Itaú Unibanco. "O problema é o ciclo económico sendo intensificada pelos exageros de política do passado. . . e a Operação Lava Jato".



Para inverter a situação, Dilma Rousseff nomeou ano passado um Ministro da Fazenda combativo, da Escola de Chicago, Joaquim Levy. Ele começou com a promessa de restaurar o superávit primário, uma medida chave para a saúde das finanças públicas, em 1,2% do PIB. Ele freou empréstimos subsidiados pelos bancos estatais e cortou alguns benefícios sociais e de emprego. Mas a maioria das economias até agora vieram de corte do investimento público - algo que o Brasil com a sua infra-estrutura deficiente realmente precisa, se quiser crescer novamente.



"A questão fiscal no Brasil não é apenas um problema de dívida, mas também um problema da qualidade dos gastos", diz José Augusto Coelho Fernandes, diretor de políticas e estratégia da Confederação Nacional da Indústria.



A combinação de política fiscal e monetária mais restritiva tem intensificado a crise. O desemprego atingiu 6,9% em junho, contra 4,8% de um ano antes. O crescimento mais lento esmagou as receitas fiscais, obrigando o Sr. Levy, na semana passada a recuar em metas do governo para o superávit fiscal primário. Ele cortou-a para apenas 0,15% do PIB em 2015 e reduziu-a nos próximos anos para níveis abaixo do que os economistas acreditam que são necessárias para estabilizar a dívida pública.



A agência Standard & Poor's respondeu ao reduzir as perspectivas de classificação de grau de investimento do Brasil, que está um nível acima de junk, para negativo. As outras agências, Moody e Fitch, deverão reduzir as suas avaliações, se não houver melhora no clima econômico e político.



"Isso pode mover a agulha que faltava nas agências de classificação em termos de re-avaliar o merecimento de crédito soberano em 2016 e 2017, porque a dinâmica da dívida não está melhorando", diz Alberto Ramos, economista da Goldman Sachs.



Iniciativa privada versus Governo



Ramos argumenta que o Brasil precisará aprofundar sua reforma fiscal para cortar despesas do estado que no ano passado gastou 42% do PIB - um montante comparável com os países desenvolvidos. O argumento é que somente com um Estado mais eficiente o Brasil vai ser capaz de aumentar a produtividade, retomar o crescimento econômico e competir globalmente.





No modelo econômico estatista do Brasil, o manobrar do governo muitas vezes significa também prejudicar os negócios, de tão interligados que ambos são. Cortes da MAN diz que a indústria não está apenas sofrendo de uma economia fraca, está sendo ferida pelo programa de austeridade do governo. Cortes de infra-estrutura têm reduzido a necessidade de veículos pesados ​​na economia, mas o governo também reduziu suas próprias compras de equipamentos, de caminhões do exército de ônibus escolares.



O governo também dificultou os termos de um programa de incentivo no qual foram oferecidos aos compradores de caminhões empréstimos subsidiados. "Por isso, é agora mais difícil justificar o investimento em novos caminhões", diz Cortes. A empresa lançou um programa de demissão voluntária e demissões temporárias.



Em outro país, a indústria automobilística pode ser capaz de tirar proveito de uma profunda desvalorização da moeda - o Real do Brasil atingiu a menor cotação em 12 anos em relação ao dólar - através do reforço das exportações. Mas a interferência do Estado na indústria de caminhões exigindo altos níveis de conteúdo produzido localmente minou a sua competitividade. Para se qualificar para financiamento subsidiado, por exemplo, fabricantes de caminhões do Brasil devem incorporar conteúdo local de até 60% em seus veículos medidos tanto em termos de valor e quanto em peso, os produtores dizem.



Armadilha da classe média



A crise está prejudicando as oportunidades de emprego para os jovens que abandonam a escola e universidade, em particular, e ameaçando conduzir a nova classe média-baixa, que surgiu durante o governo do PT, de volta à pobreza, dizem os economistas. Agostinho Pascalicchio, economista da Universidade Presbiteriana Mackenzie, diz que uma pesquisa mostra que 65% das pessoas com idade entre 16 a 24 querem sair do Brasil para os países desenvolvidos bate com sua própria experiência.



Fabio Mauricio, um engenheiro civil de 24 anos de idade, saiu à procura de trabalho desde sua graduação há um ano atrás, mas um congelamento na construção civil tem tornado  impossível encontrar um trabalho. Mesmo seus colegas que trabalham como estagiários estão sendo demitidos.



Mauricio acredita que o PT da presidente Dilma Rousseff se acomodou muito depois de mais de 12 anos no poder. No entanto, a oposição PSDB, um partido centrista que é visto como mais pró-negócios, não é muito melhor, diz ele. "Ambos os lados estão envolvidos em corrupção, então não há para onde fugir."



Enquanto tais sentimentos refletem o crescente descontentamento não apenas com Dilma, mas com a classe política, dizem os analistas, a presidente é a única na berlinda, com 63% da população apoiando as chamadas para seu impeachment, de acordo com uma pesquisa feita pelo CNT / MDA divulgado na semana passada.





Ela enfrentou protestos de rua em massa no início deste ano e estão planejados mais deles para o final deste mês. Os promotores da Operação Lava Jato, em que ex-executivos da Petrobras são acusados ​​de colaborar com os empreiteiros a pagar subornos a políticos, estão lentamente minando sua coalizão de governo. Mesmo seu mentor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está enfrentando uma investigação criminal. Com cada avanço das investigações, o impasse político em Brasília aprofunda com seus aliados pressionando-a a fazer alguma coisa para protegê-los. 



Enquanto os analistas acreditam que um impeachment permanece improvável, os seus parceiros de coalizão preferem deixá-la tomar a culpa pela má economia pobre e as conseqüências sobre a Petrobras, as crescentes diferenças com o Congresso estão ameaçando prolongar o ajuste fiscal, dizem os economistas. Isso poderia, por sua vez atrasar uma recuperação - BNP Paribas no seu relatório intitulado "Vejo você em 2017" está prevendo que a economia vai encolher mais 0,5 por cento no próximo ano. 



"Hoje o Brasil está vivendo uma crise econômica? Sim ", diz Meirelles. "Mas a maior crise no Brasil não é essa. A maior crise no Brasil está em outro lugar. É um vácuo de liderança ". 



Para Dilma Rousseff, a estratégia será a de sobreviver ao próximo ano e além com a esperança de uma recuperação econômica. Já há sinais de que a política monetária restritiva do Banco Central está agindo para reduzir a inflação. Se isso puder ser trazido sob controle no próximo ano, o estrangulamento das altas taxas de juros podem começar a ser facilitado, permitindo a economia de respirar novamente.



A mesma esperança é compartilhada por executivos da MAN. Pode ser um pouco tarde demais, mas o Brasil está tentando fazer as coisas certas, diz Cortes. "Em 2016, a economia pode não se recuperar, mas ela vai começar a se recuperar e as coisas vão voltar ao normal em dois anos", argumenta ele. "Os fundamentos da economia são razoáveis. Não podemos comparar [o Brasil] com a Argentina, a Bolívia ou a Venezuela. "