terça-feira, 18 de agosto de 2015

Democracia das panelas: o livre direito à manifestação.


Viva la revolución! Dilma pegou em armas de fogo para tirar os militares do poder, bem como grande parte da esquerda brasileira. Sabemos que na verdade os grupos de esquerda revolucionários queriam instituir naquela época uma ditadura nos moldes cubanos no lugar da ditadura militar instalada. O brasileiro tem recorrido a uma arma pouco ortodoxa para tirar do poder os militantes de um partido que tem ditado as regras na política nacional nos últimos 13 anos através do jogo sujo da corrupção.

Um texto de Antônio Prata publicado na Folha tem causado polêmica nas redes sociais. Antônio Prata pergunta por que as panelas batem só para o PT. Para quem não o conhece, Antônio Prata se intitula meio intelectual, meio de esquerda, um intelectual de botequim. Eu, que não sou intelectual, e não frequento botequim, mas sou conservador, quero defender o toque das panelas. Reproduzo abaixo o texto, em vermelho (cor apropriada) e respondo em preto (também apropriadamente, afinal estou de luto pois meu país está moribundo).

Temos toda a razão de bater panelas quando a presidente aparece na TV dizendo que a culpa por nossa pindaíba é da crise internacional. Mas por que não batemos panelas quando Eduardo Cunha, o líder dos "black blocs" brasileiros, vândalo que faz política com pedras, bombas e coquetéis molotov, vai em rede nacional dizer que trabalha "para o povo", "sempre atento à governabilidade do país"?

Respondo a Prata e a quem interessar porque o povo brasileiro não bate panelas quando Eduardo Cunha aparece na TV. O povo sabe que a crise que vivemos não é obra de Eduardo Cunha. Eduardo Cunha não tem conduzido o país para a condição tão deletéria que vivemos. Eduardo Cunha aliás é um grande desconhecido para muitos, poucos conhecem seu passado político a fundo e Cunha foi eleito por seus pares deputados, muitos inclusive do PT, para a presidência da câmara, não pelo povo. O desgoverno do país não se deve a Eduardo Cunha, mas a quem tem as rédeas do país nas mãos.

Temos toda a razão de bater panelas contra a corrupção da Petrobras. Mas por que não batemos panelas contra o mensalão mineiro ou o cartel do metrô paulistano? Por que não batemos panelas contra a compra de votos para a reeleição do FHC? Por acaso pagar apoio na Câmara é mais grave do que pagar emenda na Constituição?

Não acho justo o povo brasileiro se unir em panelaço contra o PSDB, afinal não é o PSDB que tem roubado toda a nação. Particularmente acredito que o partido não é a oposição que o Brasil precisa, e não representa uma oposição ideológica ao PT. Não batemos panelas para a reeleição de FHC pois o PSDB pode ter feito o diabo para mudar a lei eleitoral permitindo a reeleição, mas FHC foi reeleito pelo povo. O PT foi contra a reeleição, está na situação há 13 anos e fez o diabo para reeleger 2 candidatos. Se foi contra a reeleição antes, porque mudou? Batemos panelas contra o PT, pois o PT não tem palavra. O PT não é sério.

Temos toda a razão de bater panelas contra o retrocesso econômico de 2015. Mas como podemos não bater panelas contra o anel de pobreza que desde sempre engloba as metrópoles brasileiras, essa Faixa de Gaza de tijolo aparente, essa Cabul de laje batida onde se amontoa boa parte da população?

O povo brasileiro não bate panela contra a violência e a pobreza da periferia, pois o povo brasileiro está acostumado a sofrer e ficar calado, a pegar fila do SUS, a ter o filho na escola fraca. O povo bate panela contra aqueles que agora chamam o povo que vive na “faixa de gaza de tijolo aparente” de “nova classe média”, só porque agora lá todos têm TV LCD de tela grande e geladeira nova, se esquecendo que o povo precisa de mais do que isso. Falta dignidade e respeito ao povo brasileiro por parte daqueles que não reconhecem os seus erros ao ouvir o soar das panelas. Viveram as últimas décadas desfilando como os arautos da moralidade, probidade e lisura, proclamando a si mesmos como os descobridores do novo Brasil. Jogaram na lama aquilo que trazia orgulho para o povo brasileiro.

Temos toda a razão de bater panelas quando o governo se cala diante dos descalabros venezuelanos e da ditadura cubana. Mas por que não batemos panelas diante do fato de nosso principal parceiro comercial ser a China, maior ditadura do planeta? O tofu que alimenta aquela tirania é feito com a nossa soja e os fazendeiros, ruralistas e empresários que acusam a "venezualização" do Brasil são os mesmos que lucram com o dinheiro comunista. Ninguém bate woks por causa disso?

Antônio Prata não entende que não são apenas meia dúzia de aristocratas e latifundiários que estão com a panela na mão. O povo brasileiro está com as panelas nas mãos porque exportamos soja, açúcar, minério de ferro e tantas outras commodities mas temos que importar médicos cubanos para garantir a saúde do povo brasileiro. O povo bate panelas porque nossa indústria está desmoronando. Os metalúrgicos, quem diria, são os mais afetados. Aqueles da indústria automobilística. Onde está Lula agora? Por que não está defendendo os trabalhadores? Ele deve estar ocupado fazendo lobby para algum campeão nacional. 

O resultado do que vemos é o enfraquecimento do Mercosul e a política de comércio exterior implementada pelo PT que estendeu os laços comerciais com a China e transformou de vez o país em somente um fornecedor de commodities. O povo bate panela porque sabe hoje que os amigos do rei e da rainha, as empresas que surfaram na onda gigante das commodities, foram favorecidas com empréstimos e aportes financeiros bilionários do BNDES em troca de doações de campanha, lícitas e ilícitas (caixa dois). São os grandes campeões nas doações de campanha.

Temos toda a razão de bater panelas contra o estelionato eleitoral do PT. Mas por que não batemos panelas contra o estelionato eleitoral do PSDB, que elege repetidamente um governador tipo "gerente", prometendo "e-fi-ci-ên-ci-a" em cada sílaba, mas coloca São Paulo à beira do co-lap-so-hí-dri-co"? Um cristão cuja polícia, não raro, participa de grupos de extermínio, na periferia. Esta semana, foram 18 chacinados em Osasco e Barueri. Imagina se fosse no Iguatemi? E o estelionato das UPPs, no Rio, que prometem paz, mas torturam um cidadão até a morte e somem com o corpo?

Quem elegeu repetidamente Alckmin não foi o PSDB, mas o voto do povo de São Paulo. O povo não bate panelas contra o colapso hídrico, o povo colabora e coopera economizando água. Assim como o povo pesquisa preço e economiza para fugir da inflação. O povo economiza luz, pois vivemos uma situação drástica com as térmicas acionadas a todo vapor literalmente pela falta de chuvas. O povo bate panela e grita: A nossa bandeira jamais será vermelha! mas infelizmente a bandeira tarifária que Dilma enfiou goela abaixo depois de prometer redução é. E o PT deveria estar vermelho de vergonha por isso, bem como aqueles que se dizem meio intelectuais, meio de esquerda.

"Não, não, isso não! Me mata, mas não faz isso comigo!", gritava o Amarildo, segundo um policial que testemunhou a barbárie, dentro de um contêiner. Como pode a nossa maior preocupação em relação ao Rio, hoje, ser com a qualidade das águas para as Olimpíadas de 2016? Cadê o Amarildo? Cadê as panelas?

O povo grita nas ruas da mesma maneira que Amarildo, não pela violência policial, mas pela violência moral que sofre e pelo policiamento do pensamento do politicamente correto, meio intelectual, meio de esquerda. Não sabemos quem matou Amarildo para cobrar sua punição, mas sabemos agora quem tem esfaqueado as contas públicas, conhecemos agora uma nova classe de parasitas que afagam enquanto sugam o dinheiro público, fruto do suor do povo brasileiro, para alimentar um projeto particular de poder. A maior preocupação do povo não é com a qualidade da água do Rio, afinal o povo de panelas na mão não é como o PT, que está mais preocupado com a SABESP ao invés de estar preocupado com a boa administração pública.

Temos toda a razão de sair pra rua, neste domingo, para protestar contra a incompetência, a corrupção e a burrice do governo. Mas por que não sair pra rua para protestar contra a incompetência, a corrupção e a burrice do país como um todo? Um país que mata seus jovens, sonega impostos, polui, compra carteira de motorista, licença ambiental, alvará, dirige pelo acostamento, estupra, espanca e esfaqueia mulher (mas retira a discussão de gênero do currículo escolar), um país onde os negros correspondem a 15% dos alunos universitários e a 67% da população carcerária.

Todos erramos. Somos imperfeitos. O que tem nos tornado assim ao longo dos séculos é a impunidade. A sociedade nos impõe regras que desafiam nossa conduta ética e moral, mas há uma lei da física que se aplica à sociedade: Para toda ação, há uma reação. Os mecanismos legais tratam de punir os erros dos indivíduos ou grupos. É o método de reação que a sociedade moldou através dos séculos para garantir a punição aos erros humanos, para que não mais se repitam e a sociedade evolua. Mas como vemos no Brasil, quando faltam educação, respeito, cidadania, e os meios de garantir a justiça não funcionam, há impunidade.  E quando fica evidente a impunidade, a sociedade se revolta, muitas vezes transbordando os limites da lei, como quando ocorre linchamento de estupradores e pedófilos e o ataque ao Instituto Lula, por exemplo. O problema do Brasil não são os brasileiros, mas sim a impunidade.

O povo bate panela e reconhece seu erro. Grande parcela daqueles que votaram no PT nos últimos 13 anos, em alguma das últimas eleições hoje batem panela e reconhecem que erraram. Os brasileiros recebem a justa punição em terem errado nas urnas, através da inflação, do desemprego crescente e da retração econômica. Mas o que tem despertado nos brasileiros os instintos mais primitivos é a impunidade frente a corrupção daqueles que sempre se disseram diferentes, probos, alvos, sãos, mas na verdade são ladrões hipócritas.

Eu bato panela e reconheço, fui incompetente, fui burro. Fui incompetente em não participar ativamente da democracia. Em não analisar a fundo os candidatos. Em não cobrar meu deputado quando da votação de algum projeto importante para mim e para meu país. Fui incompetente ao não conseguir mudar meu país para melhor participando ativamente da democracia, pelo contrário, abaixei a cabeça. Fui burro ao permitir que a situação chegasse a esse ponto onde retrocedemos ao invés de crescer. Fui burro ao pensar que não podia fazer nada. Agora sou punido junto com o povo brasileiro. Mas não posso continuar errando, preciso melhorar. Não será mais desta vez que somente o povo será punido. Basta de impunidade, basta de corrupção, basta de improbidade, basta de negligência e basta de indecência na política do Brasil. O povo está aprendendo a lição: a democracia emana do povo, vem de baixo para cima, é alimentada pelo povo.

Este ódio cego, esta parcialidade hipócrita, este bombardeio cirúrgico que pretende eliminar o PT — e só o PT — para "libertar o Brasil", empoderando Renan Calheiros e Eduardo Cunha, não é o desabrochar da consciência cívica, é mais um fruto da nossa incompetência, mais uma vitória da corrupção; palmas para a nossa burrice.

O PT desperta no brasileiro esse sentimento tão primitivo que é o ódio. O povo reage e bate panela contra o PT porque o PT merece. Porque se diziam diferentes e se demonstraram sórdidos. Porque se diziam limpos e vivem no chiqueiro. Porque o PT não reconhece seus erros, porque o PT não pede desculpas ao povo brasileiro por ter colocado o país na lama e nas manchetes do mundo no maior escândalo de corrupção da história da humanidade. Quem é hipócrita nessa história? Quem prometeu e mentiu? Quem amealhou para si através de programas sociais a imagem de um partido comprometido com o povo quando por debaixo do pano desviava bilhões e mais bilhões e mais bilhões e mais bilhões, para alimentar um moto-perpétuo de poder?

O PT é parcial e hipócrita. Parcial pois só pensa em seu projeto de perpetuação de poder. É hipócrita pois engana e rouba como nunca antes na história deste país. Hipócrita é quem se diz intelectual e defende a burrice da impunidade. É hipócrita e parcial quem se diz de esquerda, mas não olha para a situação do povo que tem o poder de compra do salário reduzido através da inflação, povo que vê sua moeda desvalorizar e sua economia regredir para uma época que todos queremos esquecer.

Que sejam punidos todos os que traíram a pátria saqueando o dinheiro que deveria ser destinado ao bem comum, independente do partido. Mas o ódio que foi despertado no brasileiro é contra o mais hipócrita dos partidos: o PT. Sinônimo de mentira, engano, ultraje. O ódio é resultado da hipocrisia e traição do PT ao povo que acreditou em suas falácias.

Os semi-intelectuais de esquerda atribuem ao povo brasileiro a incompetência de seus mentores. O povo quer gritar: Fora incompetentes! Fora ladrões! Fora mentirosos! Mas os intelectuais “de botequim do Itaim” querem calar o povo.

O Brasil precisa mudar para melhor, e o melhor é extirpar o PT do poder e eliminar este câncer sorrateiro que espalhou o tumor da corrupção por todos os órgãos federais e ameaça a vida do povo brasileiro. O povo precisa ser cirúrgico nessa hora, e então passar a escolher seus governantes não pelo marketing, mas com consciência e cobrar ativamente suas autoridades para que não haja recidiva desta doença crônica que é a corrupção. Independentemente de partido, o povo precisa usar o bisturi da democracia. O povo precisa ter esse papel ativo sempre, em especial sempre que o Brasil estiver à beira do colapso. As panelas são as armas do povo brasileiro contra a impunidade. O povo tem papel ativo na sociedade, e é hora de assumirmos essa postura. Se for preciso bateremos panelas, são as armas da democracia brasileira. O brasileiro é livre para se manifestar. 

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Saiu na CNN hoje: O Brasil está uma bagunça e em rumo a um grande protesto no fim de semana

O Brasil está uma bagunça e em rumo a um grande protesto no fim de semana


CNN: O Brasil está uma bagunça, nesse exato instante.


Sua economia está em recessão, sua moeda está despencando e sua presidente, Dilma Rousseff, tem o menor índice de aprovação - 8% - desde que outro presidente foi cassado em 1992.

E está ficando pior.

As agências de crédito americanas avaliaram a dívida do Brasil a um passo acima do grau especulativo. E o brasileiro comum está sofrendo como a rápida desvalorização da moeda. A moeda do Brasil, o real, caiu 34% em relação ao dólar este ano, chegando ao seu valor mais baixo desde 2003.

Muitos dos problemas do Brasil decorrem do caso de corrupção generalizada da empresa petrolífera estatal Petrobras. A história tomou conta do país e prejudica a empresa, que contribui ativamente para a sua economia.

A China também não está ajudando. É o maior parceiro comercial do Brasil, e sua economia em desaceleração está fazendo com que as commodities do Brasil - o motor do seu crescimento - percam valor rapidamente.

Este domingo, uma organização sem fins lucrativos do Brasil está organizando uma grande manifestação, em parte pedindo o impeachment de Rousseff. Os protestos estão programados em cada cidade brasileira, e também entre cidades na Europa e os EUA.

"Os problemas que a economia do Brasil está enfrentando são comparados a uma tempestade perfeita", diz Brian Winter, vice-presidente do Conselho das Américas. O protesto deste domingo poderá provavelmente ser o maior durante a administração de Dilma Rousseff, disse ele.

Veja mais detalhes na lista das perdas do Brasil:

1. A recessão que está piorando 

O Brasil já foi o garoto-propaganda da expansão dos mercados emergentes. Sua economia cresceu três vezes mais rápido do que a economia dos EUA em 2010. Mas hoje, seu crescimento econômico é pior do que o da Grécia. 

Há algumas razões fundamentais para o Brasil estar em recessão: 

A. A queda nos preços das commodities está realmente fazendo o Brasil sofrer. Os preços do petróleo caíram desde o ano passado. O preço de dois grandes produtos de exportação brasileiros, açúcar e café, caíram de 34% e 25% respectivamente em um ano. 

B. Seu maior parceiro comercial, a China, está diminuindo o ritmo de crescimento, desvalorizando a sua moeda e lutando para gerenciar sua correção do mercado. Isso não traz nada de bom para o Brasil, que precisa de parceiros comerciais saudáveis. 

A economia brasileira vai encolher 2,3% até o final do ano, de acordo com estimativas da Merrill Lynch Bank of America (BAC), que foram revisadas para baixo. O banco também está prevendo recessão em 2016, quando os Jogos Olímpicos ocorrerão no Rio de Janeiro. 

O Brasil está pagando por erros que cometeu durante seus anos de rápido crescimento, diz Winter. Seu banco central reduziu as taxas de juros em 2011, facilitando o crédito para empresas. Isso provocou inflação no Brasil, que agora está aumentando, alcançando dois dígitos. 

Para combater a inflação, o Banco Central do Brasil está agora aumentando as taxas de juros. Isso aumenta o custo das transações para todos - a última coisa que você quer fazer em uma recessão. "É difícil encontrar pessoas agora que pensam que a economia do Brasil vai crescer em 2016", diz Winter.

2. O escândalo da Petrobras gera medo e incerteza.

Os brasileiros estão acostumados com a corrupção política. Mas o escândalo que engoliu a Petrobras, a companhia estatal de petróleo, abalou a nação, abalou a economia e coloca a presidente em risco de impeachment. 

É um caso clássico de corrupção: durante anos, as empresas que estavam competindo por contratos lucrativos, tais como a construção de plataformas de petróleo, deram propinas a funcionários da Petrobras. Alguns desses subornos foram canalizados para partido político de Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores. (Rousseff não foi acusada de crime, mas estes reverberaram por toda a classe política e vários políticos de seu partido também foram acusados.) 

"Não há nenhum tipo de precedente para este tipo de escândalo" no Brasil, diz Gerardo Rodriguez, diretor de estratégia multi-ativos de mercados emergentes na BlackRock. "Só nos últimos dois ou três meses, o nível de incerteza [política] tem subido de forma bastante dramática." 

Estas propinas não eram fichinha. A Petrobras perdeu 2 bilhões de dólares em subornos ao longo dos anos. 

A realidade é que o Brasil precisa da Petrobras para ter sucesso. A empresa responde sozinha por 10% da atividade econômica no país, sem contar todos os outros negócios, como construção e transporte, que ela gera. As ações da Petrobras tiveram uma queda de quase 50% em um ano.

3. O pior: aumento da taxa de juros americana se aproximando.

Não é apenas a China que está causando ao Brasil uma dor de cabeça no cenário internacional. As coisas ainda podem piorar em setembro. O banco central americano, o Federal Reserve, poderá elevar sua taxa de juros em setembro pela primeira vez em quase uma década. Um aumento da taxa americana tende a levar os investidores retirar seu dinheiro dos mercados emergentes como o Brasil.

Taxas mais elevadas nos EUA significa que investidores podem obter lucros mais elevados. Isso reduz o desejo dos investidores procurar no exterior mercados mais arriscados, porém com apostas de retorno mais elevadas.


quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Impeachment é golpe? Dilma enverga mas não quebra?

Por uma perua Fiat Elba, Color sofreu "golpe". Essa deve ser a visão de Dilma Roussef, que acredita que quem defende o Impeachment é golpista. Na época, Lula, seu criador, foi a favor do "golpe" contra Color

A mandatária usufruiu de dinheiro desviado da Petrobras que abasteceu sua campanha vitoriosa. A soma segundo já apurado pela Operação Lava Jato foi de pelo menos R$ 7.500.000,00. Sete milhões e meio de reais.

No encerramento da marcha das margaridas, Dilma citou Lênin, o afável ditador soviético que comandou a morte de milhares: Eu envergo mas não quebro.

Dilma poderia se dobrar sim, à vontade popular e sair do Palácio da Alvorada. Talvez só assim ela saia intacta ao fim da Operação Lava Jato.


A margarida que gerou recessão

O Jornal do Brasil informa: A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira, na cerimônia de encerramento da Marcha das Margaridas, no estádio Mané Garrincha, em Brasília, que não permitirá que haja retrocessos no país. "Nós margaridas, que geramos a vida, não permitiremos que ocorra qualquer retrocesso nas conquistas sociais e democráticas. Continuarei trabalhando para honrar e realizar os sonhos de vocês", afirmou.

Primeiramente, quem são as margaridas? Segundo a EBC, agencia de mídia oficial do governo, são trabalhadoras rurais, extrativistas, indígenas, quilombolas . Ou seja, são parte das minorias que formam a minoria da população que aprovam o governo Dilma. 

Dilma se inclui no grupo, mesmo não sendo trabalhadora rural, extrativista, indígena ou quilombola, apesar de louvar a mandioca e ser mulher sapiens. Ela bem tentou usar o chapéu de palha mas desistiu para não estragar o penteado. Essa é a Dilmargarida Sapiens, espécie rara da flora, em extinção.

Dilmargarida não quer estragar o penteado

Segundo Dilma, as margaridas, como ela, geram vida. Mas Dilma não tem gerado vida, muito pelo contrário, tem gerado a morte de empresas e o fim do emprego para muitos trabalhadores. Dilma foi a causa do retrocesso do Brasil, que em muitos índices retrocedeu mais de 10 anos. 

Houve retrocesso nas conquistas sociais. Neste ano, pelo ajuste fiscal, as verbas para programas sociais foram cortadas na carne, Dilma quis encolher o seguro desemprego e só não conseguiu porque o congresso não deixou. O FIES sofreu uma grande diminuição, repercutindo na mídia no começo do ano.

A democracia enfraqueceu. Dilma não escuta a voz das ruas e não se retrata, mas continua com o discurso de que seu governo é perfeito. Ela tem tratado delatores como traidores, sendo que a lei lhes garante o direito da colaboração premiada. Dilma tem atacado a oposição em todas as oportunidades, qualificando-a como golpista por fazer seu antagonismo e a mídia tem sido criticada quando discorda da posição oficial.

Mais uma vez, Dilma discursa para as margaridas e não para o povo. Dilma governa para as margaridas e não para o povo. Dilma é a margarida que gerou a recessão.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

O PSDB precisa deixar os interesses pessoais de lado e finalmente ouvir a voz das ruas.

Ontem publicamos que Dilma afirmou na entrega de casas do Minha Casa, Minha Vida:  É preciso que as pessoas prensem primeiro no Brasil e só depois pensem em seus partidos e em seus projetos pessoais.

Hoje faço um apelo ao PSDB: Escutem o discurso de Dilma. Este pedido é voltado ao governador Geraldo Alckmin, em especial. 



Ontem, esteve na cerimônia em memória do governador Eduardo Campos, que faleceu há um ano. Mais uma vez Alckmin criticou e afastou a possibilidade de Impeachment. 

"Essa questão de impeachment não está colocada neste momento. Não há nenhuma proposta hoje de impeachment no Congresso Nacional. O que precisa agora é investigar, investigar, investigar e cumprir a Constituição", afirmou Alckmin. Alckmin esquece que no momento existem 32 pedidos de impeachment nas mãos de Eduardo Cunha, presidente da câmara.

O PSDB está rachado. Aécio quer que o resultado das eleições sejam anulados caso constatado fraude eleitoral pelo TSE. Os deputados querem o impeachment ou novas eleições. Serra quer impeachment, para ser super ministro de Temer. Alckmin quer que Dilma sangre até 2018 e não percebe que o Brasil está sangrando. 

Alckmin, pense primeiro no Brasil e só depois pense no seu projeto pessoal. Alckmin, pense no país que está esfacelado e não no seu projeto pessoal de poder para 2018.

O PSDB não está ouvindo a voz das ruas, não entendeu que o povo requer do PSDB mais do que nunca uma conduta de oposição, por mais que o partido em sua essência não seja de oposição. 

O grande erro do PT foi não ouvir sua base, esfacelando sua unidade no momento que mais precisa. O resultado é a morte prematura do PT, um câncer que já está instalado e não tem regressão. O PT acabará, pelo menos da forma como o conhecemos. 

O PSDB está indo para o mesmo caminho, pois pela falta de compromisso com o povo, virou uma legenda de figurões que colocam seus projetos pessoais à frente da unidade do partido e do interesse da maioria da população. A voz das ruas soa: Impeachment. A voz de Alckmin que deveria ecoar a voz das ruas, no papel de oposição, esfria o ímpeto de seus pares em atender ao chamado das ruas.

São Paulo: A cidade que não pode parar, já parou.

O Brasil regride, e todos sabemos. São Paulo também regride com Haddad. Agora, o dirigente de São Paulo quer mais uma vez por o pé no freio diminuindo a velocidade de todas as avenidas de São Paulo para 50 km/h e de todas as ruas para 40 km/h até dezembro.

A diminuição de velocidade sumária em todas as vias, independente de número de faixas de rolamento e da medição real do trafego ao longo de todos os dias da semana, sem um estudo técnico que embase tais medidas demonstra que o petista é incapaz de entender que há um código de trânsito no Brasil que já estabelece velocidades para vias expressas, avenidas, vias coletoras, e demais vias. Tratar uma avenida como a 23 de maio como uma Avenida Santo Amaro demonstra a imbecilidade intelectual e técnica dos gestores municipais em São Paulo. Para eles, é tudo a mesma coisa.

Sem estudos técnicos foram implementadas as ciclofaixas, e o resultado vemos abaixo:

Tinha um tubo no meio do caminho, no meio do caminho tinha um tubo...

Desta vez novamente Haddad justifica sua canetada em nome da segurança. Temos visto em diversas reportagens que o número de atropelamentos cresceu a partir do momento que a campanha em favor do pedestre foi cortada pela prefeitura de São Paulo. Agentes de conscientização que usavam placas para dar vez ao pedestre nas faixas, educando os motoristas, foram desempregados e a ação educativa parou, o que fez saltar o número de mortos por atropelamento em mais de 7%. Da mesma maneira, Haddad aumentando o trânsito quer que os carros fiquem mais tempo nas ruas, emitindo mais poluentes. 

A lógica do prefeito contraria a lógica racional. Pergunta que fica para ser respondida pelos que defendem a medida: O que o prefeito Fernando Haddad tem feito para melhorar o trânsito? O que tem sido feito pela prefeitura para tornar mais fluido o tráfego em São Paulo? Eu responderei: Nada.

Quem poderá desatar o nó do trânsito de São Paulo? 
Não será Haddad com certeza

Haddad não entende que a população precisa é de melhorias na infraestrutura viária existente. Quem mora em São Paulo sabe que as ruas estão cheias de buracos, há meses sem reparo.

Dinheiro indo para o bolso dos corruPTos

Quando chove os semáforos ficam no modo amarelo piscante, tornando o trânsito caótico. As árvores, que não são cuidadas apropriadamente pela Secretaria do Verde e Meio Ambiente, caem, e o digníssimo prefeito como saída para o caos instalado tipifica uma comum chuva de verão como furacão de categoria similar ao Katrina que devastou New Orleans.

Como funcionam os semáforos de SP

O que tem sido devastador e avassalador para a cidade é a gestão Haddad, um furacão que ainda não acabou mas deixa milhares de vítimas, cidadãos que estão aprisionados em seus carros tentando voltar para casa depois de um longo dia de trabalho, ou que trabalham na rua, em visita a clientes e que são vistos pela gestão petista como burgueses que não usam o ônibus nem bicicleta.

Desde a década de 50, São Paulo é conhecida como "A cidade que não pode parar". O motor que sempre impulsionou a maior economia do País são os trabalhadores. Cidadãos que trabalham na rua, seguranças, motoristas, taxistas, pessoas de bem que tentam chegar em sus compromissos na hora certa. Entre eles a dita classe média, detestável para o PT mesmo sendo uma das engrenagens mais importantes deste motor.  Haddad tem feito São Paulo regredir. São Paulo está parando, em todos os sentidos. É a lógica inversa da grande mente que pisa no freio da cidade que não pode parar.